Como seus amores são belos,minha irmã, noiva minha. Seus amores são melhores do que o vinho, e mais fino que os outros aromas é o odor dos teus perfumes. Por isso Eu quero consumir meus dias, no seu amor! ══════ ღೋ♡✿♡ღೋ═══════

Ani Ledodi Vedodi Li


Mais do que qualquer outro motivo, esta é a razão pela qual quero fazer deste blog um caminho para amarmos mais a Deus, por isso seu nome: “Ani Ledodi Vedodi Li”

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Deus o Abençõe !

E que possas crescer com nossas postagens.

É algo louvável esconder o segredo dos Reis; mas há glória em publicar as obras de Deus!

A Igreja não tem pressa, porque ela possui a Eternidade. E se todas as outras instituições morrem nesta Terra, a Santa Igreja continua no Céu.

Não existem nem tempos nem lugares sem escolhas.

E eu sei quanto resisto a escolher-te.

"Quando sacralizamos alguém essa pessoa permanece viva para sempre!"

Sacralize cada instante de tua vida amando o Amado e no Amado os amados de Deus !


Pe.Emílio Carlos

sábado, 3 de maio de 2014

 3º DOMINGO DA PÁSCOA - A
04 de maio de 2014



“Não ardia o nosso coração quando ele nos falava pelo caminho e nos explicava as escrituras?”


Leituras: 
Atos dos Apóstolos 2, 14.22-33; 
Salmo Responsorial 15 (16), 12a.5.7-8.9-10.11 (R/1a); 
Primeira Carta de Pedro 1, 17-21 
e Lucas 24, 13-35.

COR LITÚRGICA: BRANCO OU DOURADO
(Que o Círio Pascal seja o grande sinal deste Tempo Pascal)

O Senhor ressuscitou! Aleluia! Nesta páscoa semanal a liturgia nos mostra a missão evangelizadora da Igreja, que através do aparecimento do Ressuscitado, torna possível a existência da comunidade e de sua missão: missão que nos ensina a servir, e servindo manifestamos e reconhecemos a presença de Cristo entre nós, e garantimos o milagre da unidade. Como Pedro, aceitamos o convite de Jesus: Segue-me!

1. Situando-nos

Neste terceiro domingo da Páscoa, o Senhor Ressuscitado caminha conosco e nos revela a Palavra viva, senta à mesa e reparte conosco sua vida.
Nesta reunião, partilhamos com Ele as incertezas, as dúvidas e as dificuldades em compreender o caminho pascal. Somos iluminados pela Palavra da Escritura que faz arder nosso coração e nos prepara para o banquete da aliança, onde Ele mesmo se dá como alimento.
Ele vem ao nosso encontro, caminha conosco, abre nossos olhos e ouvidos para compreendermos o sentido da cruz. Deixemo-nos guiar por sua Palavra que nos tira do medo e da timidez e nos faz anunciadores da Boa Notícia.

2. Recordando a Palavra

A leitura do evangelho de Lucas narra o encontro do Ressuscitado com os discípulos de Emaús. Esse texto, exclusivo de Lucas, convida a percorrer o caminho do discipulado para encontrar Jesus ressuscitado, que parte o pão conosco e revela seu amor que inflama nosso coração.
Os dois discípulos representam os cristãos de todos os tempos, sempre a caminho com o Senhor, na década de 80 do primeiro reavivar a fé em Cristo ressuscitado, presente na comunidade solidária que se reúne para partir o pão.

Os dois discípulos, após a morte de seu Mestre na cruz, partem de Jerusalém em direção ao povoado de Emaús. Jesus de Nazaré, que “foi um profeta poderoso em obras e palavras diante de Deus e diante de todo o povo” (24,19), havia suscitado a esperança messiânica de libertação. Os discípulos estão tristes e desiludidos, pois tinham colocado a expectativa num messianismo político nacionalista: “Esperávamos que fosse ele quem libertaria Israel” (24,21).
 Apesar de não terem acolhido o anúncio pascal das mulheres que diziam: “o Crucificado está vivo”, eles lembram, conversam e discutem a respeito de Jesus, mas seus olhos são incapazes de reconhecer a presença viva de Jesus que estava próximo e caminhava com eles.

O Ressuscitado se faz presente no caminho dos que procuram descobrir o significado de suas palavras e obras, dos que fazem memória de sua vida doada totalmente. À luz das Escrituras, os discípulos e discípulas encontram o verdadeiro sentido da paixão e ressurreição de Cristo: “Não era necessário que o Cristo sofresse tudo isso para entrar na glória?” (24,26).
Compreendem que Jesus é o verdadeiro Messias, que realizou o projeto salvífico, passando pelo sofrimento da cruz. “Começando por Moisés e passando por todos os profetas, explicou-lhes, em todas as Escrituras, as passagens que se referiam a ele” (24,27). A presença do Ressuscitado ilumina os discípulos, fazendo-os compreender a palavra: “Não ardia o nosso coração quando ele nos falava pelo caminho e nos explicava as Escrituras?” (24,32).

A adesão à palavra de Jesus manifesta-se na hospitalidade: “Fica conosco, pois já é tarde e a noite vem chegando!” (24,29). O gesto de partir e compartilhar o pão suscita a fé no Ressuscitado. Os olhos dos discípulos se abrem e reconhecem a presença de Jesus, quando ele sentou-se à mesa, “tomou o pão, pronunciou a bênção, partiu-o e deu a eles” (24,30).
Na última ceia, Jesus repartiu o pão como dom de sua própria vida (cf. 22,19). Os discípulos de Emaús celebram o memorial de Jesus como gesto de solidariedade, acolhendo o “peregrino” para que pudesse restaurar as forças. Ao repartir o pão de Jesus na comunhão fraterna da vida, eles fazem a experiência de sua presença viva e atuante.

O gesto de Jesus, que recorda sua vida compartilhada, doada por amor, reconduz os discípulos ao caminho. Reavivados na fé e na esperança, os discípulos levantam-se e voltam para Jerusalém, para testemunhar a experiência do encontro com Cristo ressuscitado: “Realmente, o Senhor ressuscitou!” (24,34). Jerusalém, lugar onde Jesus concluiu sua obra de salvação, torna-se o marco inicial da missão dos discípulos, que deve se estender até os confins da terra (cf. At 1,8).

Na primeira leitura dos Atos dos Apóstolos, Pedro, porta-voz dos demais discípulos, apresenta o querigma cristão. Jesus de Nazaré, o Enviado do Pai, realizou “milagres, prodígios e sinais” em favor do povo (2,22). Ele foi acolhido por muitos e rejeitados por outros até a morte na cruz. “Mas Deus o ressuscitou, libertando-o das angústias da morte” (2,24), revelando a eficácia de sua doação a serviço do projeto divino de salvação.
Em Cristo realiza-se plenamente o sentido do salmo de hoje (cf. At 2,25-28; Sl 15, 8-11 (16)). O Pai não abandonou o Filho na morada dos mortos, mas o ressuscitou para a vida plena em sua glória.
A vitória da vida sobre a morte, manifestada em Cristo, plenifica a promessa messiânica de estabelecimento de um reino eterno de salvação (cf. 2Sm 7,12-16). Na obra de Jesus, o Messias (=ungido), a qual culminou com sua exaltação à direita do Pai, cumprem-se as Escrituras. Jesus venceu a morte através da ressurreição, instaurando o reinado eterno da justiça e da paz. Os cristãos tornam-se testemunhas da vida nova, revelada em Cristo: “Deus ressuscitou este mesmo Jesus, e disso todos nós somos testemunhas” (2,32).

O salmo 15 (16) é uma prece de confiança em Deus: “não vais abandonar minha vida no sepulcro”. A experiência da salvação em Deus leva a seguir o caminho da vida, abandonando as falsas seguranças. Assim, o salmista encontra a verdadeira felicidade, que faz exultar de alegria. Cristo ressuscitado, exaltado na glória do Pai, realiza plenamente a esperança de salvação anunciada no salmo.

 A segunda leitura da primeira carta de Pedro convida a testemunhar a fé e a esperança, durante “o tempo de permanência como migrantes” (1,17). Os cristãos, que estavam sofrendo discriminação, opressão, como no tempo do Egito e da Babilônia, são fortalecidos pela presença de Deus, o Pai que ama e acolhe a todos como filhos. O amor do Pai, revelado ao povo ao longo da história da salvação, culminou na vida, morte salvífica e ressurreição de Cristo.
“Fomos resgatados (...) pelo precioso sangue de Cristo, cordeiro sem defeito e sem mancha” (1,19). Jesus, como cordeiro pascal (cf. Ex 12,5), realiza o êxodo que liberta plenamente, conduzindo à comunhão filial com o Pai.
 O seguimento a Cristo, a fidelidade ao seu projeto testemunham a verdadeira fé e esperança em Deus (cf. 1,21). A esperança em Deus, que ressuscitou Jesus dos mortos, assegura o compromisso em defesa da vida e da dignidade dos que são discriminados, marginalizados.

3. Atualizando a Palavra

O Ressuscitado caminha conosco. Sua presença viva torna-se perceptível aos nossos olhos, quando acolhemos os irmãos e nos reunimos para “partir o pão”. Ele alimenta nossa vida, nossa fé, fortalece nosso caminho e nossa missão. A força de sua ressurreição faz renascer nossa esperança, que deve ser testemunhada através de gestos de hospitalidade, de partilha.
“A ressurreição de Cristo produz por toda a parte rebentos deste mundo novo; e, ainda que os cortem, voltam a despontar, porque a ressurreição do Senhor já penetrou a trama oculta desta histórica; porque Jesus não ressuscitou em vão. Não fiquemos à margem desta marcha da esperança viva!” (Evangelii Gaudium, n.278).
 A Palavra transforma nosso coração e revela sua eficácia na Eucaristia, lugar privilegiado do encontro e do reconhecimento do Ressuscitado. “A Eucaristia é o lugar privilegiado do encontro do discípulo com Jesus Cristo. Com este sacramento, Jesus nos atrai para si e nos faz entrar em seu dinamismo em relação a Deus e ao próximo. Existe estreito vínculo entre as três dimensões da vocação cristã: crer, celebrar e viver o mistério de Jesus Cristo, de tal modo que a existência cristã adquira verdadeiramente forma eucarística. Em cada eucaristia, os cristãos celebram e assumem o mistério pascal, participando nele. Portanto, os fiéis devem viver sua fé na centralidade do mistério pascal de Cristo através da eucaristia. A Eucaristia, fonte inesgotável da vocação cristã é, ao mesmo tempo, fonte inextinguível do impulso missionário. Aí, o Espírito Santo fortalece a identidade do discípulo e desperta nele a decidida vontade de anunciar com audácia aos demais o que tem escutado e vivido” (Documento de Aparecida, n.251).

O Papa Francisco mostra que a palavra alcança a máxima eficácia no sacramento: “Não é só a homilia que se deve alimentar da palavra de Deus. Toda a evangelização está fundada sobre esta palavra escutada, meditada, vivida, celebrada e testemunhada. A Sagrada Escritura é a fonte da evangelização. Por isso, é preciso formar-se continuamente na escuta da palavra. A Igreja não evangeliza se não se deixa continuamente evangelizar. É indispensável que a palavra de Deus ‘se torne cada vez mais o coração de toda a atividade eclesial’. A Palavra de Deus ouvida e celebrada, sobretudo na eucaristia, alimenta e reforça interiormente os cristãos e torna-os capazes de um autêntico testemunho evangélico na vida diária. Superamos já a velha contraposição entre palavra e sacramento e, no sacramento, essa palavra alcança a sua máxima eficácia” (Evangelii Gaudium, n.174).

O gesto de partir e compartilhar o pão, que levou os discípulos de Emaús a reconhecer a presença viva do Ressuscitado, revela a prática das comunidades primitivas de celebrar a Eucaristia. Os cristãos costumavam se reunir para escutar a Palavra, esta reunião culminava na fração do pão, na ceia eucarística (cf. At 2, 42.46).

Justino, mártir, ao falar sobre a Eucaristia ressalta que “no chamado dia do Sol, reúnem-se em um mesmo lugar todos os que moram nas cidades ou nos campos. Lêem-se as memórias dos apóstolos ou os escritos dos profetas, na medida em que o tempo o permite. Terminada a leitura, aquele que preside toma a palavra para aconselhar e exortar os presentes à imitação de tão sublimes ensinamentos. Reunimo-nos todos no dia do Sol, não só porque foi o primeiro dia em que Deus, transformando as trevas e a matéria, criou o mundo, mas também porque neste mesmo dia Jesus Cristo, nosso Salvador, ressuscitou dos mortos” (Cf. São Justino, mártir. Apologia a favor dos cristãos, século II. Ofício das Leituras, 3º domingo da Páscoa).

4. Ligando a Palavra com ação litúrgica

É o primeiro dia da semana, dia do Senhor. Ele está no meio de nós. Somos uma comunidade reunida em nome d’Ele. Ele nos revigora, abre nossos olhos e nossos ouvidos para lermos os acontecimentos à luz do seu mistério pascal.

Não há do que duvidar: Ele é aquele de quem falava as Escrituras, como testemunham as leituras de hoje.

Na celebração, a proclamação da Palavra ganha pleno significado, como relata a introdução do lecionário: “a economia da salvação, que a palavra de Deus não cessa de recordar e prolongar, alcança seu mais pleno significado na ação litúrgica, de modo que a celebração litúrgica se converta numa contínua, plena e eficaz apresentação desta palavra de Deus. Assim, a palavra de Deus, proposta continuamente na liturgia, é sempre viva e eficaz pelo poder do Espírito Santo, e manifesta o amor ativo do Pai, que nunca deixa de ser eficaz entre as pessoas” (Ordo Lectionum Missae – OLM, n.4).

Ele é também aquele que entra em nossa casa, senta à mesa conosco e partilha conosco seu Corpo entregue e seu Sangue derramado.

Vale lembrar o que afirma o Elenco das Leituras da Missa: “Espiritualmente alimentada nestas duas mesas, a Igreja, em uma, instrui-se mais, e na outra se santifica mais plenamente; pois na Palavra de Deus se anuncia a aliança divina, e na Eucaristia se renova esta mesma aliança nova e eterna. Numa, recorda-se a história da salvação com palavras; na outra, a mesma história se expressa por meio de sinais sacramentais da Liturgia. Portanto, convém recordar sempre que a palavra divina que a Igreja lê e anuncia na Liturgia conduz, como a seu próprio fim, ao sacrifício da aliança e ao banquete da graça, isto é, a Eucaristia. Assim, a celebração da missa, na qual se oferece a Deus o sacrifício de louvor e se realiza plenamente a redenção do homem” (OLM, n.10).

Alimentados nestas mesas, recebemos do Senhor força e coragem para a entrega de nossa própria vida do mundo.

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