Como seus amores são belos,minha irmã, noiva minha. Seus amores são melhores do que o vinho, e mais fino que os outros aromas é o odor dos teus perfumes. Por isso Eu quero consumir meus dias, no seu amor! ══════ ღೋ♡✿♡ღೋ═══════

Ani Ledodi Vedodi Li


Mais do que qualquer outro motivo, esta é a razão pela qual quero fazer deste blog um caminho para amarmos mais a Deus, por isso seu nome: “Ani Ledodi Vedodi Li”

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Deus o Abençõe !

E que possas crescer com nossas postagens.

É algo louvável esconder o segredo dos Reis; mas há glória em publicar as obras de Deus!

A Igreja não tem pressa, porque ela possui a Eternidade. E se todas as outras instituições morrem nesta Terra, a Santa Igreja continua no Céu.

Não existem nem tempos nem lugares sem escolhas.

E eu sei quanto resisto a escolher-te.

"Quando sacralizamos alguém essa pessoa permanece viva para sempre!"

Sacralize cada instante de tua vida amando o Amado e no Amado os amados de Deus !


Pe.Emílio Carlos

sábado, 22 de março de 2014



3º. DOMINGO DA QUARESMA -A-





“Uma fonte de água que jorra para a vida eterna”

Leituras: 
Êxodo 17, 3-7;
Salmo 94, 1-2.6-7.8-9; 
Carta de São Paulo aos Romanos 5, 1-2.5-8; 
João 4, 5-42.

COR LITÚRGICA: ROXA

A água, princípio de vida, é presença marcante na liturgia quaresmal. Celebrar a eucaristia é aproximar-se de Jesus, dom do Pai e fonte de água viva para a vida eterna. Vamos beber do poço que é o próprio Cristo, para que nos sustente na busca da vida plena.

Antífona da entrada: Tenho os olhos sempre fitos no Senhor, porque livra os meus pés da armadilha. Olhai para mim, tende piedade, pois vivo sozinho e infeliz (Sl 24,15s).

Oração do dia

Ó Deus, fonte de toda misericórdia e de toda bondade, vós nos indicastes o jejum, a esmola e a oração como remédio contra o pecado. Acolhei esta confissão da nossa fraqueza para que, humilhados pela consciência de nossas faltas, sejamos confortados pela vossa misericórdia. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. T. Amém.

1. Situando-nos brevemente

No Ano A, a partir do terceiro domingo da Quaresma, a liturgia da Palavra assume uma vertente mais claramente batismal, acompanhando gradativamente os catecúmenos a celebrar a iniciação cristã na grande Vigília Pascal, e toda a comunidade a redescobrir e renovar a graça da própria iniciação. Esta é, pois, um processo dinâmico que nos acompanha ao longo da vida, até a páscoa, passagem definitiva da morte à vida plena no Senhor, constituída por nosso “êxodo” pela morte natural.

O primeiro e o segundo domingo, nos três ciclos A, B, C, tem em comum a narração de Jesus tentado o deserto e o evento de sua transfiguração: clara alusão à frágil situação humana, marcada pela original criação à imagem e semelhança de Deus, mas exposta à tentação da autossuficiência. Deus, porém, não abandona seus filhos e os chama a recuperar aquela beleza original, através da conformação a Jesus, na sua páscoa de morte e ressurreição.

A partir do terceiro domingo, as leituras e em particular os textos do evangelho iluminam os vários aspectos do processo interior que a participação na Páscoa de Jesus, através da iniciação cristã, ativa em nós.

No diálogo com a mulher de Samaria (3º domingo), Jesus revela a si mesmo como a água viva que alimenta a existência da pessoa. Desvela que a nascente desta água perene se encontra dentro do poço profundo e obscuro da própria pessoa, pela presença e pela energia vital de seu Espírito.

O próprio Jesus é a luz: ele mesmo deixa vislumbrar a meta da vida humana e ilumina o caminho. Com o dom do Espírito, Jesus não somente cura, no batizado, a cegueira do pecado, mas também cria nele a capacidade da visão, para enxergar a vida e avaliar as coisas, segundo a verdade de Deus (4º domingo – curo do cego de nascença).

O encontro com Jesus na fé, acolhendo com amor e confiança sua presença de amigo e sua palavra, ativa, no batizado, o princípio de vida nova, a vida segundo o Espírito, que é início de ressurreição desde o presente (5º domingo – ressurreição de Lázaro).

A Quaresma, com o dinamismo interior que se exprime na estrutura ritual, constitui um precioso itinerário espiritual. As celebrações dos domingos, com a sucessão das características próprias, desenvolvem uma pedagogia espiritual capaz de sustentar o crescimento pessoal de cada um e o caminho de toda a comunidade do povo de Deus.

2. Recordando a Palavra

As três leituras apresentam uma situação de vida na qual cada um pode, facilmente, reconhecer seu próprio caminho. Uma surpreendente pedagogia divina acompanha e estimula o crescimento rumo à plena libertação de toda humana ilusão.

A sede, como a fome, constitui uma das experiências mais traumáticas da vida humana. A procura para satisfazer suas exigências a transforma em potente motor que impele a pessoa a uma contínua busca, até que seja satisfeita. Nesta luta para a vida, se encontra, porém, a tentação de se apegar a tudo o que parece dar resposta imediata ou de buscar solução no passado.

Diante da aridez do deserto, Israel desconfia das promessas de Deus, se queixa de insuportável fadiga e sonha com a água e a carne que o Egito lhe garantia, embora em condição de escravidão. Contudo o Deus de Israel é o Deus que constrói o futuro, não somente do passado, é o Deus da libertação, ano o Deus da escravidão. Ordena a Moisés que vá para frente e promete que ele mesmo estará lá, pronto a operar novas maravilhas. “Passa adiante do povo (...) Toma a vara com que feriste o rio Nilo. Eu estarei lá, diante de ti sobre o rochedo (...) Ferirás a pedra e dela sairá água para o povo beber” (1ª Leitura: Ex 17,5-6).

Jesus estará sempre à frente dos discípulos no caminho para Jerusalém, renovando seu compromisso com a missão recebida do Pai, e pedindo aos discípulos para “segui-lo”, sem voltar atrás (Lc 9,51-62). Ele está sempre diante de nós e nos convida a segui-lo.

O Salmo Responsorial (Sl 94) constitui a clássica reflexão sobre a peregrinação de Israel no deserto, marcada por inúmeras oportunidades de experimentar a fidelidade e a potencia de Deus e por repetidos endurecimento do coração do povo, incapaz de se abrir ao futuro de Deus., No contexto da Quaresma, este salmo constitui um convite vigoroso a valorizar este tempo de graça, como tempo rico de novas oportunidades de conversão e de crescimento na relação com o Senhor.

Na Carta aos Romanos (2ª Leitura), Paulo destaca a gratuidade da iniciativa com a qual Deus estabeleceu conosco uma relação de autentica renovação em Cristo Jesus, derramando nos nossos corações seu Espírito, princípio de vida nova, fundamento da esperança e penhor da plena participação em sua vida. “Por ele, só tivemos acesso, pela fé, a esta graça na qual estamos firmes, mas ainda não ufanamos da esperança da glória de Deus. E a esperança não decepciona, porque o amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dados” (Rm 5,2.5).

Jesus, em seu encontro com a mulher samaritana junto do poço de Jacó (evangelho), revela a absoluta liberdade com a qual ele se doa a todos e a cada pessoa. Ao mesmo tempo, com delicada pedagogia, ele faz a mulher passar da procura de solução insuficiente às exigências mais elementares da vida, como a água, para a atenção aos mais profundos anseios de verdade, de beleza e de vida, que estão em seu coração, escondidos dela mesma.

O próprio Jesus se faz mendicante e companheiro de procura. “Dá-me de beber”. O gesto de proximidade guia a mulher a descer às profundidades do poço que se encontra nas entranhas de sua própria experiência. “Se conhecesses o dom de Deus e quem é aquele que te diz: ‘Dá-me de beber’, tu lhe pedirias, e ele te daria água viva” (Jo 4,10). Ela, com surpresa, descobre que o sedento estrangeiro está, de fato, lhe oferecendo uma água que não se pode recolher dentro do balde e sim no coração. “Mas quem beber da água que darei, nunca mais terá sede (...) Senhor dá-me dessa água...” (Jo 4, 14-15).

Tal invocação recebe em resposta, a abertura de uma perspectiva ainda mais inesperada: participar do novo culto a Deus em Espírito e plenitude, superando toda divisão e redução aos critérios religiosos humanos: “Mas vem a hora, e é agora, em que os que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e verdade” (Jo 4,23).

Os discípulos são conduzidos a percorrer um caminho de abertura e conversão aos critérios de Deus, parecido com o caminho feito pela mulher de Samaria. Com estranhamento ao encontrar Jesus falando com a mulher estrangeiras, porém solícitos para que o mestre como algo depois de tanta fadiga da viagem, eles são conduzidos por Jesus a mudar de horizonte: “Eu tenho um alimento para comer, que vós não conheceis (...) O meu alimento é fazer a vontade daquele que me enviou e levar a termo a sua obra.” (Jo 4, 32.34).

Esta mudança de horizonte constitui a passagem/ páscoa que os discípulos terão dificuldade a cumprir em si mesmo, até que o Espírito converta o coração deles e o próprio Jesus lhes abra a mente depois da ressurreição. Os discípulos, iluminados e fortalecidos pelo Espírito, conseguirão dar testemunho de Jesus, somente depois da Páscoa.

A mulher samaritana, ao contrário, parece mais disponível a deixar-se guiar pela novidade extraordinária encontrada em Jesus, e inicia imediatamente a dar testemunho dele. “Muitos samaritanos daquela cidade acreditaram em Jesus, por causa da palavra da mulher que testemunhava: “Ele me disse tudo o que fiz”” (Jo 4,39).

Ela se torna a “primeira evangelizadora”, antecipando, profeticamente, o alegre anúncio da ressurreição, dado por Maria Madalena e pelas mulheres aos discípulos, na madrugada de Páscoa.

3. Atualizando a Palavra

A sociedade moderna se torna sempre mais secularizada e espiritualmente árida. Para muitas pessoas, Deus é o “ausente”. Uma recente análise sobre a situação da pessoa na sociedade atual destaca, todavia, que o homem contemporâneo, mesmo no drama de suas situações existenciais, espera, de maneira confusa, conhecer e encontrar o Deu dos viventes e que dá a vida. Ele sente nostalgia da presença de Deus. Sofre a sede do infinito, embora, muitas vezes, não consiga dar este nome à água que está procurando para saciar sua sede.

A nostalgia nasce das desilusões deixadas pelo que foi imaginado e seguido como “deus”, capaz de satisfazer a sede de sentido da existência, tão frágil e quase desertificada interiormente. “Em mim desfalece o meu espírito, meu coração se consome (...) A ti estendo minhas mãos, como a terra seca, anseio por ti” (Sl 143, 4.6).

O Batismo mergulha o cristão na nascente da água viva, que continuará a fecundar toda a sua existência.

Experiência de plenitude, e simultânea urgência de uma sede insaciável, expressão de uma fé, às vezes incipiente, que cresce com o progresso  do amor, e leva consigo a força para perseverar na esperança. “Ao pedir à samaritana que lhe desse de beber, Jesus lhe dava o dom de crer. E, saciada sua sede de fé, lhe acrescentou o fogo do amor” (prefácio do domingo). A esperança, ao longo do caminho, não decepciona em sua tensão rumo à plenitude, pois “o amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado” (2ª Leitura, Rm 5,5).

Jesus dá testemunho do amor de Deus para com todos os homens e mulheres, qualquer que seja a condição deles. Até os “samaritanos”, os diversos, os problemáticos, os excluídos, segundo as categorias sociais e religiosas vigentes, as destinatários deste amor divino que “tem sede” de todos e a todos oferece a possibilidade de encontrar a “água que dá vida”, aquela quem no fundo, eles estão procurando mesmo em seus desvios.

Ao pedir à mulher da Samaria água para saciar sua sede, é o próprio Jesus a se aproximar, partilhando a mesma fraqueza e a mesma necessidade dela e de todo homem e mulher. Com seu gesto, desperta a consciência da samaritana para a procura mais profunda, que ela traz consigo, e acaba oferecendo à sua fé o manancial perene do Espírito eu brotará dentro dela mesmo (Jo 4, 13-15).

“Vinde a mim, todos vós que estais cansados e carregados dos fardos, e vos darei descanso. Tomai sobre vós o meu jugo e sede discípulos meus, porque sou manso e humilde de coração, e encontrarei descanso para vós. Pois meu jugo é suave e meu fardo é leve” (Mt 11,28-30).

Esta mesma atitude de Jesus está no centro dos gestos e da cotidiana pregação de Papa Francisco, impelindo a Igreja
Inteira a assumi-la com os homens e mulheres do nosso tempo, para que eles possam se encontrar com o coração de Jesus, Alguns bem-pensantes ficam escandalizados, achando que assim se vai enfraquecer a força das leis da Igreja...como acontecia com Jesus.

4. Ligando a Palavra com ação litúrgica

Na preparação das oferendas para a Eucaristia, há um pequeno rito talvez percebido por poucos, sobretudo em seu significado simbólico. É o gesto com o qual o sacerdote derrama algumas gotas de água não cálice, misturando-as com o vinho. A água representa nossa frágil realidade humana que se abre ao Senhor, como no mistério da encarnação. O vinho e a água misturados são apresentados ao Senhor, para que, pela força vital de sua Palavra e do Espírito Santo, sejam transformados no sangue vivo de Cristo que sacia a sede de seu povo, pois é a páscoa do Senhor a nascente perene da água viva.

Jesus abre esta animadora perspectiva também para o caminho da nossa vida. Um caminho sujeito a tantas provações, tentações, fadigas e ate desvios, como testemunha a dura experiência de Israel no deserto, embora já tivesse experimentado a fiel providencia de Deus (1ª Leitura – Ex 17, 3-7).

No fundo de si próprio, porém, este incerto vagar guarda a saudade de sua nascente e de sua meta, mesmo quando acaba perdendo o contato com a nascente da água viva, para construir, com suas próprias mãos, cisternas rasgadas, atraído por projetos que se revelam inconsistentes e vazios, como lamenta o profeta Jeremias (Jr 2,5).

O salmista, porém, interpreta, com esperança, o que permanece no fundo do coração e que pode abrir novos caminhos: “Minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo: quando hei de ir ver a face de Deus?” (Sl 42,3).

De onde estamos atingindo nossa água: do manancial vital do Espírito que fica jorrando dentro de nós ou das cisternas rasgadas que o mundo nos proporciona? A sede da posse sem medida, a cobiça na exploração dos recursos ambientais estão desertificando a vida do home, as relações entre as pessoas e os povos, ameaçando o desenvolvimento sustentável.

Ainda pior. O tráfico cruel das pessoas chupa, sem piedade, o sangue inocente das vítimas, como nos lembra a Campanha da Fraternidade de 2014. Participando do único cálice do sangue precioso de Cristo na Eucaristia, somos transformados pelo Espírito Santo no único corpo vivente de Cristo, solidários uns com os outros.

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