Como seus amores são belos,minha irmã, noiva minha. Seus amores são melhores do que o vinho, e mais fino que os outros aromas é o odor dos teus perfumes. Por isso Eu quero consumir meus dias, no seu amor! ══════ ღೋ♡✿♡ღೋ═══════

Ani Ledodi Vedodi Li


Mais do que qualquer outro motivo, esta é a razão pela qual quero fazer deste blog um caminho para amarmos mais a Deus, por isso seu nome: “Ani Ledodi Vedodi Li”

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Deus o Abençõe !

E que possas crescer com nossas postagens.

É algo louvável esconder o segredo dos Reis; mas há glória em publicar as obras de Deus!

A Igreja não tem pressa, porque ela possui a Eternidade. E se todas as outras instituições morrem nesta Terra, a Santa Igreja continua no Céu.

Não existem nem tempos nem lugares sem escolhas.

E eu sei quanto resisto a escolher-te.

"Quando sacralizamos alguém essa pessoa permanece viva para sempre!"

Sacralize cada instante de tua vida amando o Amado e no Amado os amados de Deus !


Pe.Emílio Carlos

sábado, 1 de fevereiro de 2014



4º. DOMINGO DO TEMPO COMUM E
FESTA DA APRESENTAÇÃO DO SENHOR




“Ele será um sinal de contradição”

Leituras: 
Malaquias 3, 1-4; 
Salmo 23;
Carta aos Hebreus 2,14-18; 
Lucas 2,22-40.

COR LITÚRGICA: BRANCO

Senhor, estamos reunidos para celebrar a festa da tua apresentação, no Templo. O encontro de Maria com Simeão é um momento de alegria porque ele confirma que tu és o Filho de Deus, mas também é um momento de dor quando Maria escuta o anúncio de sua dor: "Uma espada transpassará a tua alma". Peçamos a Maria que nos assista nos momentos difíceis, nos aconselhe nas dúvidas e incertezas nos livre de todo erro. Senhor tu és anunciado como “Luz do mundo” por isso vamos iniciar a celebração com a bênção de nossas velas.

1. Situando-nos brevemente

Neste domingo, quarenta dias depois do Natal, celebramos o mistério da Apresentação de Jesus no templo, nos braços de Maria. Esta festa situa-se ainda no contexto do Natal, apresentando outro aspecto da manifestação do Senhor: humano como nós, nasce de uma mulher e submisso à tradição da lei.

Esta festa já era celebrada nos finais do século IV, em Jerusalém, e, mais tarde, foi assumida por toda a Igreja. No século V, com inspiração no cântico de Simeão, eram usadas tochas, tornando a celebração mais expressiva: celebremos o mistério deste dia com lâmpadas flamejantes, dizia São Cirilo de Alexandria (+444). O Missal atual conserva, com este sentido, o rito inicial da benção das velas.

Com a reforma do Concílio Vaticano II, a festa que, por muito tempo tinha o título de “Purificação da Bem aventurada Virgem Maria”, em conformidade com a prescrição da lei judaica de os pais apresentarem o filho recém-nascido, quarenta dias após o nascimento, e da purificação de sua mãe, foi mudado para a Apresentação do Senhor. Fica assim mais evidente que se trata de uma festa do Senhor, cujo mistério se inscreve na dinâmica da Páscoa.

Contudo, entre nós esta festa mantém ainda um acentuado caráter mariano, recebendo vários títulos, como: Nossa Senhora das Candeias, Nossa Senhor da Luz, Candelária, Nossa Senhora de Belém.

Com nossas velas acesas, entramos no mistério de Cristo, deixando-nos iluminar por ele, luz do mundo. Maria, com seu silêncio e meditação, nos ensina como acolhê-lo, reconhecê-lo e oferecê-lo.

2. Recordando a Palavra

Nos antigos tempos históricos, a consagração do primogênito pode ter sido um sacrifício humano, como nos lembra o sacrifício de Isaac. Maria apresenta a Deus o filho Jesus. Oferece-o a Deus e sua oferta é uma renúncia, um sofrimento que a levará aos pés da cruz. A cruz será a espada que traspassará seu coração de mãe. Este filho primogênito será o memorial cotidiano da libertação da grande escravidão. Ele não será poupado.

A purificação era um rito destinado somente à mãe (cf. Lv 12, 1-8). A criança devia ser resgatada (cf. Nm 18,15). Lucas registra, cuidadosamente, que os pais de Jesus, bem como os pais de João, cumpriram todas as prescrições da Lei.

Relatando a apresentação de Jesus ao Templo, Lucas quer salientar o zelo dos pais em obedecer à missão que Deus lhes confiou. A narrativa centraliza o primeiro ato cultural de Jesus na Cidade Santa, lugar do acontecimento pascal.

Todo primogênito devia ser consagrado a Deus, conforme Ex 13,2: “Consagra-me todo primogênito: todo o primeiro parto entre os israelitas [...] será meu”. Em Levítico 12,8 lemos que, se a mãe “não dispuser de recursos suficientes para oferecer um cordeiro tomará duas rolas ou dois pombinhos, um para o holocausto e outro para o sacrifício pelo pecado. O sacerdote fará por ela o rito de expiação e ela ficará purificada”. Maira faz a oferenda dos pobres para ser purificada da impureza legal advinda do parto.

Lucas se refere a Simeão com expressões próprias para designar um profeta. O Espírito Santo lhe revelara que veria o Cristo do Senhor, aquele que o Senhor ungiu para uma missão de salvação. O Messias que irá instaurar o Reino de Deus.

Simeão, tomando o menino nos braços, entoa um hino de ação de graças, pautado em Isaías, que define a salvação universal trazida pelo Messias Jesus: a salvação é anunciada aqui, pela primeira vez, em Lucas. Ela só será claramente proclamada a partir do mistério pascal – Lc 24, 47. A missão de Jesus será acompanhada de hostilidade e perseguição. Simeão termina sua profecia declarando que uma espada traspassará a alma de Maria. Nesta ocasião, Simeão anuncia a missão messiânica universal de Jesus, atribuindo-lhe os títulos luz das nações e glória do povo de Israel.

Também se faz presente uma mulher consagrada a Deus e interprete de seus desígnios, com uma apresentação minuciosa: a profetisa Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser, viúva, com oitenta e quatro anos, número perfeito de números perfeitos (7 vezes 12). Fanuel é uma palavra hebraica que significa “face a face com Deus”, ou “o rosto de Deus”, e Aser significa felicidade, alegria.

A apresentação de Ana com tanto esmero, oferece a dimensão, a importância e o sentido profundo da apresentação do Menino. A existência de Jesus é a realização da visita de Deus. Poderemos vê-lo face a face, com ele conviver na alegria e na felicidade.

Ana não se afastava do templo, ideal de todo israelita perfeito, cf. Sl 23 (22), 6b: “Minha morada é a casa do Senhor por dias sem fim”. No templo, Ana servia Deus com orações e jejuns; louvava Deus e falava do menino a todos que viviam na esperança do Messias, os anawin.

Maria e José, depois de cumprirem a lei, voltaram para Nazaré, na Galileia, onde o menino cresceu e tornou-se forte, cheio de sabedoria, e a graça do Pai estava com ele.

Malaquias, cerca de 450 a.C, proclama sua mensagem depois do exílio, quando o Templo está reconstruído, mas o culto está afastado do projeto de Deus e a convivência social totalmente estragada. A profecia de Malaquias anuncia a chegada do “dia do Senhor”, vinda do juízo de Deus. Chama os sacerdotes à conversão. É preciso que o Templo e o sacerdócio sejam purificados, para isso, um mensageiro, tido como a volta de Elias, há de preceder esse dia do Senhor.

O Salmo 24 (23), liturgia de entrada no santuário, canta a entrada do Rei da Glória e convoca as portas a se abrirem. Quem é esse Rei da Glória? É o Senhor: o forte e valente, é o Senhor dos exércitos!

Em Hebreus nos é revelado que Jesus assume plenamente nossa condição humana. Leva às últimas conseqüências sua “quenose”, seu esvaziamento na encarnação e no sofrimento. Torna-se nosso irmão.

Assumindo nossa existência, na entrega até a morte, tornou-se o sumo sacerdote fiel e misericordioso. É ele que santifica nossa existência e apaga todo nosso pecado, o pecado do mundo, e nos socorre e nos faz entrar em comunhão com o Pai.

3. Atualizando a Palavra

A festa da apresentação do Senhor enche-nos novamente do espírito natalino. O conjunto desta festa é de alegria, mesmo que uma espada paire sobre a vida de Maria. É festa de pureza e de luz. É festa que une o início e a plenitude da vida humana. Festa da família, na qual se reúnem crianças, jovens adultos e idosos, cada um com sua preciosa contribuição para que se realize o projeto de Deus na humanidade. Ao mesmo tempo, é festa que evoca o mistério de Deus encarnado em Jesus de Nazaré.

Ao nascer, Jesus se manifestou, em primeiro lugar, aos pastores que eram pobres e excluídos. Agora, ao ser apresentado no Templo, revela-se, em primeiro lugar, não aos levitas nem aos sacerdotes que executaram os ritos da purificação de Maria e do resgate do Menino, mas os dois “pobres de Deus”, os anciãos Ana e Simeão.

Os dois pertenciam aos círculos dos anawin e esperavam a libertação de Israel. O lugar da nova revelação messiânica não é o campo aberto, a manjedoura, entre trabalhadores pobres, mas é o Templo.

O nome ‘Simeão’ significa “escutador” (“O Senhor escutou”, Cf. Gn 29,33), aquele que vive atentamente à escuta dos sinais dos tempos, dos acontecimentos como Palavra viva de Deus. É idoso justo, piedoso e esperançoso pela consolação de Israel. Vivia à espera e à escuta. Foi ao Templo, e, ao ver aquele Menino, pegou-o nos braços: por isso, os padres gregos dão a Simeão o título de Theodóchos = recebedor de Deus.

Também, Ana, profetisa, uma velhinha que andava sintonizada com a Palavra de Deus, chegou carregada de esperança. Ana significa “graça”. Com tanta intimidade com Deus ‘Também a profetisa Ana, serena e feliz, viu aquele Menino. Diz o evangelho que se pôs a falar dele a todos os que esperavam a libertação de Jerusalém!

Hoje, onde encontramos Ana e Simeão? Em nossos templos? Em nossas famílias? Na sociedade? Como os ouvimos? Que lugar ocupam neste mundo da globalização do bem estar e da beleza?

“Esta é a festa da alegria e da esperança acumulada e realizada. É a festa da Luz. Simeão e Ana viram a Luz e exultavam de alegria. Hoje somos nós que nos chamamos Simeão e Ana. Somos nós que recebemos esta Luz nos braços, e que entramos na família da felicidade para viver pertinho de Deus, rosto a rosto com Deus, escutadores atentos do bater do coração de Deus, [...] Fevereiro é um mês de alegria, de apresentação e encontro, de consagração e contemplação. Num mundo triste e cansado como o nosso, Maria, José e o Menino, Simeão e Ana são ícones de felicidade, que nos vêm dizer que se cresce não apenas em idade, mas também em sabedoria e graça!” (Antonio Couto, em “Mesa de Palavras.file.wordpress”).

De São Sofrônio, bispo do século VII (Orat. 3, de Hypap., 6.7: PG, n.87, 3, 3291-3293) colocamos o sermão desta festa, centrado em nosso encontro com Jesus Cristo, luz do mundo e luz de nossas vidas:

Recebamos a luz clara e eterna: “Todos nós que celebramos e veneramos com tanta piedade o mistério do encontro do Senhor, corramos para ele cheio de entusiasmo. Ninguém deixe de participar deste encontro, ninguém recuse levar sal luz.

Acrescentamos também algo no brilho das velas, para significar o esplendor divino daquele que se aproxima e ilumina todas as coisas; ele dissipa as trevas do mal com a sua luz eterna, e também manifesta o esplendor da alma, com o qual devemos correr ao encontro com Cristo.

Do mesmo modo que a Mãe de Deus, Virgem imaculada, trouxe nos braços a verdadeira luz e a comunicou aos que jaziam nas trevas, assim também nós: iluminados pelo seu fulgor e trazendo na mão uma luz que brilha diante de todos, corramos pressurosos ao encontro daquele que á verdadeira luz.

Realmente, a luz veio ao mundo (Cf. Jo 1,9) e dispersou as sombras que o cobriam; o sol que nasce do alto nos visitou (Cf. Lc 1,78) e iluminou os que jaziam nas trevas. É este o significado do mistério que hoje celebramos. Por isso, caminhamos com lâmpadas nas mãos, por isso, acorremos trazendo as luzes, não apenas simbolizando que a luz já brilhou para nós, mas também para anunciar o esplendor maior que dela nos virá no futuro. Por este motivo, vamos todos juntos, corremos ao encontro de Deus.

Chegou a verdadeira luz, “que veio ao mundo a todos iluminar” (Jo 1,9). Portanto, irmãos, deixemos que ela nos ilumine, que ela brilhe sobre todos nós. Que ninguém fique excluído deste esplendor, ninguém insista em continuar mergulhado na noite. Mas avancemos todos resplandecentes; iluminados por este fulgor, vamos todos ao seu encontro e, com o velho Simeão, recebamos a luz clara e eterna. Associemo-nos à sua alegria e cantemos com ele um hino de ação de graças ao Criador e Pai da luz, que enviou a luz, verdadeira e, afastando todas as trevas, nos fez participantes do seu esplendor.

A salvação de Deus, preparada diante de todos os povos, manifestou a glória que nos pertence, a nós que somos o novo Israel. Também fez com que víssemos, graças a ele, essa salvação e fossemos absolvidos da antiga e tenebrosa culpa. Assim aconteceu com Simeão que, depois de ver a Cristo, foi liberado dos laços da vida presente.

Também nós, abraçando pela fé a Cristo Jesus que nasceu em Belém, de pagãos que éramos, nos tornamos povo de Deus – Jesus é, com efeito, a salvação de Deus Pai – e vemos com nossos próprios olhos o Deus feito homem. E porque vimos a presença de Deus e a recebemos, por assim dizer, nos braços de nosso espírito, somos chamados de novo Israel. Todos os anos celebramos novamente esta festa, para nunca nos esquecermos daquele que um dia há de voltar”.

4. Ligando a Palavra com ação litúrgica

Com velas acesas, hoje somos apresentados e oferecidos com Cristo ao Pai, suplicando que sejamos plenamente renovados em sua Páscoa e iluminados por seu Espírito, como lâmpadas flamejantes.

Em cada Eucaristia, ao apresentarmos os dons do pão e vinho, frutos da terra e de nosso suado trabalho, revivemos o gesto de oferenda de Maria e José. Ao recebermos em troca o sacramento do corpo e sangue de Cristo, contemplamos e participarmos, agradecidos da salvação como Simeão e Ana, enquanto aguardamos sua vinda gloriosa.

Nossa atitude é de alegria cheia de esperança, inspirada pelo casal de idosos, o pequeno gesto fiel, ao acolherem o Menino em seus braços e também de humilde oferenda, como Maria e José. Apresentando-nos em ação de graças, com Cristo ao Pai. O cuidado e a defesa da vida em todas as fases e a irradiação da luz de Cristo em todas as nossas ações, são conseqüências desta celebração, na liturgia da vida.

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