Como seus amores são belos,minha irmã, noiva minha. Seus amores são melhores do que o vinho, e mais fino que os outros aromas é o odor dos teus perfumes. Por isso Eu quero consumir meus dias, no seu amor! ══════ ღೋ♡✿♡ღೋ═══════

Ani Ledodi Vedodi Li


Mais do que qualquer outro motivo, esta é a razão pela qual quero fazer deste blog um caminho para amarmos mais a Deus, por isso seu nome: “Ani Ledodi Vedodi Li”

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Deus o Abençõe !

E que possas crescer com nossas postagens.

É algo louvável esconder o segredo dos Reis; mas há glória em publicar as obras de Deus!

A Igreja não tem pressa, porque ela possui a Eternidade. E se todas as outras instituições morrem nesta Terra, a Santa Igreja continua no Céu.

Não existem nem tempos nem lugares sem escolhas.

E eu sei quanto resisto a escolher-te.

"Quando sacralizamos alguém essa pessoa permanece viva para sempre!"

Sacralize cada instante de tua vida amando o Amado e no Amado os amados de Deus !


Pe.Emílio Carlos

sexta-feira, 1 de novembro de 2013



31º Domingo do Tempo Comum
Dia 03 de novembro de 2013  
 Todos os Santos e Santas de Deus






“Vi uma multidão imensa, que ninguém podia contar, gente de todas as nações, tribos, povos e línguas” (Ap 7,9)

Leituras: Apocalipse 7, 2-4.9-14; 
Salmo 23; 
Primeira Carta de João 3, 1-3; 
Mateus 5, 1-12.

COR LITÚRGICA: BRANCO

Animador: Celebramos, hoje, a páscoa do Senhor fazendo memória de todos os santos e santas, os bem-aventurados, os que venceram a “grande tribulação”, féis a Jesus Cristo, seguindo-O no amor e no serviço do Reino. Nesta celebração, renovamos nossa vocação à santidade como um dom que o Pai nos concede no presente, com a proposta desafiante de Jesus de sermos santos/as como Deus é Santo.

1. Situando-nos brevemente

A solenidade de todos os santos e santas de Deus é um dia para celebrarmos a vitória daqueles que nos precederam na fé e partiram desta vida para junto de Deus. “Estes são os que vieram da grande tribulação. Lavaram e branquearam suas vestes no sangue do Cordeiro”, viveram a filiação divina, pelo cumprimento das bem-aventuranças, foram proclamados santos.

Depois de termos celebrado todos os fiéis falecidos, hoje celebramos aqueles que, pela morte, com certeza, estão em Deus.

O tom da celebração de hoje é de alegria e de esperança. Alegria porque sabemos que muitos – uma incontável multidão – são os que estão na eternidade com Deus; esperança porque a vitória deles nos anima a continuar no caminho da santidade – esse é o nosso destino.

A Eucaristia que celebramos é alimento para esta caminhada rumo à realização plena de nossas vidas. A santidade não é o fruto do esforço humano, de quem procura alcançar Deus com as próprias forças ou mesmo com heroísmo. A santidade é dom do amor de Deus e resposta do homem à iniciativa divina.

2. Recordando a Palavra

A Palavra que ouvimos na primeira leitura divide-se em duas partes:

a)     A primeira é formada pelos versículos 1 a 8 – os eleitos da terra. A destruição e o pânico do sexto selo se detêm. Os ventos que sopram dos quatro ângulos da terra simbolizam as forças destruidoras deste mundo e o anuncio do último dia. Os quatro anjos – seres a serviço de Deus – detêm a destruição. A salvação vem do Oriente, pois no Oriente nasce o sol e é na direção oriental que está o paraíso. A marca ou selo indica a pertença e a proteção. O número dos marcados é simbólico: 12 (perfeição) vezes 12 (doze tribos de Israel) vezes mil (totalidade) – equivale a uma multidão inumerável.

b)     A segunda parte é formada pelos versículos 9 a 17 (a leitura vai até o 14): a sorte dos eleitos no céu. Eles já alcançaram a glória e a vitória simbolizadas pela túnica branca (símbolo da glória celeste) e pelas palmar (símbolo do martírio). Constituem uma multidão inumerável, sem distinção de raças, a qual prorrompe num hino de louvor. Superadas as dificuldades, vivem já sem ansiedade. A salvação ou vitória se deve a Deus e ao Cordeiro; mas este dom ou graça só se realiza com a resposta humana. Tudo isso ocorrerá no futuro.

Aqui está o fundamental da leitura: esta visão do final deve suscitar interesse e entusiasmo para a luta do presente, na qual se consolida a eternidade.

A primeira carta de João apresenta incrível densidade apenas nos três versículos hoje lidos. O Pai nos deu um grande presente de amor: de Cristo, ressuscitado e exaltado aos céus, à direita do Pai. O autor repete: “E nós o somos!” A filiação divina é o fundamento de toda a santidade, pelo Batismo nos tornamos partícipes da santidade de Deus, o único Santo.

Não vivemos sempre como filhos de Deus, ora por nossa culpa, ora porque o mundo não nos conhece, como também não conheceu a Cristo. Mundo significa aqui tudo o que rechaça a salvação de Deus. Vivemos numa situação de gestação, de expectativa. Sem dúvida, semelhante ao agricultor que sabe ter semeado e espera, com impaciência, o dia da colheita, assim nós devemos crer e esperar o dia em que se porá de manifesto o que já somos pela graça de Deus. Quando Jesus se manifestar em toda a sua glória, seremos semelhantes a Ele. O veremos tal como ele é. Toda a visão que temos de Jesus Cristo pela fé limitada e imperfeita. Nossa atual condição não comporta a visão de Deus. Quando, porém, estivermos face a face com Deus, purificados pela esperança o veremos como é de fato.

O Evangelho é a pagina de abertura do grande Sermão da Montanha, que hoje nos apresenta as bem-aventuranças. Uma consideração inicial: as bem-aventuranças não são propriamente um ensinamento de Jesus, mas uma declaração aqui se percebe sua importância.

Na intenção do autor sagrado, o monte não é um acidente geográfico qualquer, mas é imagem do Sinai, o monte por excelência da tradição judaica, onde teve lugar a constituição do povo de Deus. Apresentando Jesus subindo ao monte, Mateus quer significar com isso que com ele vai ter lugar o ato fundacional do novo poço de Deus, tendo Jesus como seu novo Moisés.

É preciso enfatizar que as bem-aventuranças não são princípios abstratos, mas versam sobre situações concretas das pessoas que seguem a Cristo. As primeiras pertencem à pobreza, o pranto ou aflição, a fome e a sede, os maus tratos e a perseguição. Trata-se de situações de sofrimento físico que o membro do povo de Deus se vê obrigado a padecer por causa de sua dedicação à justiça, ou seja, por causa da construção de um novo modelo de sociedade chamado Reino de Deus. Não se deixa vencer por elas, mas as sofre com serenidade. A estes que vivem assim o realismo da vida, Jesus os declara bem-aventurados. Hoje devemos dizer enfaticamente o óbvio: bem-aventurado é sinônimo de feliz e de santo. Temo aqui uma sutileza que não podemos esquecer: o objeto da bem-aventurança de Jesus não são as situações, mas as pessoas que não se deixam derrotar por elas. Assim, o começo do ato de instituição do novo povo de Deus é um canto às pessoas que sofrem por fazer possível o Reino de Deus.

A bem-aventurança que abre o conjunto é a mais lembrada. Jesus chama “pobre” a quem, não tendo nada (sentido social da pobreza) Poe sua confiança em Deus (sentido religioso da pobreza). Ele põe, em primeiro plano, a pobreza real, sem a qual não é possível a pobreza espiritual. A pobreza espiritual não é outra coisa que a radicalização e a interiorização da pobreza real e, de nenhum modo, um pretexto para fazer mais confortável o cristianismo aos que seguem sendo ricos às custas dos pobres.

Conforme os estudiosos da Bíblia, as oito bem-aventuranças tem como chave de interpretação a primeira e a oitava: O Reino dos Céus é prometido aos pobres e aos perseguidos por causa da justiça. Uma nona bem-aventurança, nitidamente diferente dessas oito, desenvolve a oitava e supõe a situação concreta da Igreja primitiva perseguida.

3. Atualizando a Palavra

Todos nós, cristãos, somos chamados, vocacionados à santidade. O capítulo V da “Lumen Gentium”, trata justamente da vocação à santidade de todos os cristãos, radicada no Batismo.

O problema é que fazemos algumas associações que acabam por caricaturar de tal forma a imagem dos santos, que as pessoas de nosso tempo não parecem considerar-se chamadas a essa vocação. Olhemos para as imagens que temos dos santos: homens e mulheres sempre com um semblante muito sério, envoltos em longas túnicas (normalmente bispos, padres, religiosos e religiosas). As histórias que os rodeiam são muitas vezes fantásticas, cheias de milagres e feitos espetaculares. Associa-se também a idéia de santidade com a de perfeição. Tudo isso afasta a santidade do horizonte de nossa vida pessoal. É urgente vermos santos e santas que levam uma vida normal, vestem roupas normais, tem filhos, vivem no mundo e nele dão testemunho do amor de Deus, sem ter que operar milagres espetaculares. Não podemos confundir santidade com canonização: muitos são os santos que não estão canonizados, isto é, com santidade comprovada e reconhecida pela Igreja.

A página das bem-aventuranças fascina-nos e angustia-nos ao mesmo tempo. Então temos de fixar o nosso olhar em Jesus, o qual praticou de forma perfeita as bem-aventuranças e depois no-las ensinou. Foi tão pobre, que nasceu numa estrebaria; tão manso, que se propôs como modelo desta virtude; tão misericordioso, que pode afirmar: “quero misericórdia e não sacrifício”; tão pacífico, que se tornou “a nossa paz”; tão puro de coração, isto é, orientado para Deus totalmente e sempre, que pode afirmar: “o meu alimento é fazer a vontade d’Aquele que me enviou e realizar a sua obra”; tão perseguido, que acabou por morrer mártir. Estes comportamentos de Jesus são para nós fonte de graça, para além de exemplos, para fazermos nossa a mensagem das bem-aventuranças e caminharmos assim em direção à santidade”.

O Apocalipse nos ajuda a ver a santidade como fidelidade a Cristo. Passar por esta vida mantendo a fé é atingir a santidade.

A solenidade de hoje é uma motivação para todos nós, que nos encontramos a caminho da pátria definitiva. Os santos nos servem de exemplo, intercessão e motivação, porque nos asseguram que, com a graça de Deus, é possível chegar lá.

João nos lembra de que nossa santidade nasce da filiação divina. Somos filhos no Filho, participamos da filiação divina de Jesus, e, nesse sentido, somos filhos de Deus. A santidade e a filiação divina são manifestas, neste mundo, apenas parcialmente. A plenitude está reservada para a eternidade, quando anos encontraremos diante do trono e do Cordeiro e proclamaremos então: “A salvação pertence ao nosso Deus, que está sentado no trono, e ao Cordeiro” (Ap 7,10).

Em última análise, todo ser humano busca a realização. Queremos ser felizes. Aqui há um espaço importante para anunciar a santidade como meta de nosso existir: viver rumo à santidade é viver a plena realização humana. É dar sentido à nossa vida, um sentido que nos faz ver o tempo presente com dimensões de eternidade. Quem interpreta ver o tempo presente com dimensões de eternidade. Quem interpreta a vida apenas com os olhos deste mundo, com certeza se frustrará. No entanto, quem sabe que, pela graça, somos chamados à plena comunhão com Deus, esse vive em plenitude, é feliz, realizado, santo.

4. Ligando a Palavra com ação litúrgica

A oração pós-comunhão deste dia resume bem o sentido da celebração: “ao celebrarmos, ó Deus, todos os Santos, nós vos adoramos e admiramos, porque só vós sois o Santo, e imploramos que a vossa graça nos santifique na plenitude do vosso amor, para que, desta mesa de peregrinos, passemos ao banquete do vosso reino”.

A santidade existe em nós à medida que nos aproximamos de Deus. Esse processo iniciado no Batismo te, na Eucaristia, um momento privilegiado: é o alimento para a caminhada rumo ao Pai. A Eucaristia e a Palavra vão moldando em nós a santidade que Deus espera. A Eucaristia nos transforma, lenta e progressivamente, em seres capazes de contemplar o Pai com todos os que são salvos.

Diz a oração que a Eucaristia é uma mesa de peregrinos. É o pão que sustenta a caminhada. Sinal do banquete escatológico do Reino. Esta mesa de peregrinos é, contudo, o que de mais excelso temos, pois nela celebramos os mistérios do próprio Deus, em comunhão com os anjos e com aqueles que atingiram a meta de suas vidas: os santos e as santas.

Significativo é também o Prefácio da Missa de hoje que transforma em oração o que ouvimos na Liturgia da Palavra: “Pois festejamos hoje a cidade do céu, a Jerusalém do alto, nossa mãe, onde nossos irmãos, os santos, vos cercam, e cantam eternamente o vosso louvor. Para essa idade caminhamos pressurosos, peregrinando na penumbra da fé, alegres por saber que estão na vossa luz tantos membros da Igreja que nos dais ao mesmo tempo como exemplo ajuda inestimável”.

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