Como seus amores são belos,minha irmã, noiva minha. Seus amores são melhores do que o vinho, e mais fino que os outros aromas é o odor dos teus perfumes. Por isso Eu quero consumir meus dias, no seu amor! ══════ ღೋ♡✿♡ღೋ═══════

Ani Ledodi Vedodi Li


Mais do que qualquer outro motivo, esta é a razão pela qual quero fazer deste blog um caminho para amarmos mais a Deus, por isso seu nome: “Ani Ledodi Vedodi Li”

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Deus o Abençõe !

E que possas crescer com nossas postagens.

É algo louvável esconder o segredo dos Reis; mas há glória em publicar as obras de Deus!

A Igreja não tem pressa, porque ela possui a Eternidade. E se todas as outras instituições morrem nesta Terra, a Santa Igreja continua no Céu.

Não existem nem tempos nem lugares sem escolhas.

E eu sei quanto resisto a escolher-te.

"Quando sacralizamos alguém essa pessoa permanece viva para sempre!"

Sacralize cada instante de tua vida amando o Amado e no Amado os amados de Deus !


Pe.Emílio Carlos

sexta-feira, 13 de setembro de 2013



24º Domingo do Tempo Comum
15 de setembro de 2013

“Miserando atque elegendo”


“Este homem acolhe os pecadores e come com eles”
(Lc 15,2)

Leituras: 
Êxodo 32, 7-11.13-14; 
Salmo 50; 
Primeira Carta a Timóteo 1, 12-17; 
Lucas 15, 1-32.

COR LITÚRGICA: VERDE

Nesta Eucaristia, veremos que o ato de perdoar deve sempre acompanhar a vida do ser humano. Em nossas vidas, nem sempre as coisas acontecem como gostaríamos que fossem, por isso, precisamos vivenciar o perdão, que nos oferece a graça da condição de uma vida nova em Cristo. No momento em que perdoamos, e somos perdoados, damos condições a uma vida nova, tanto em relação ao próximo quanto a nós mesmos. Esse gesto é o mínimo que Deus espera de nós.

1. Situando-nos brevemente

Hoje chegamos ao 24º domingo do Tempo Comum. A carta apostólica “Dies domini” diz que “nós celebramos o domingo, devido à venerável ressurreição de nosso senhor Jesus Cristo, não só na Páscoa, mas inclusive em cada ciclo semanal”, como escreveu o Papa Inocêncio I, no começo do século V. São Basílio fala do “santo domingo, honrado pela ressurreição do Senhor”.

Por isso, João Paulo II, no mesmo documento, explica que, para alcançar o pleno sentido do domingo, “é preciso fazer referência especificamente à ressurreição de Cristo”. “É o que faz o domingo cristão, ao repropor cada semana à consideração e à vida dos crentes o evento pascal, donde emana a salvação do mundo”.

No próximo sábado, celebramos a festa do apóstolo e evangelista Mateus. Que o exemplo de sua conversão e o evangelho por ele escrito nos ajudem a melhor compreendermos a Palavra e com mais intensidade participarmos desta celebração, nossa páscoa semanal.

2. Recordando a Palavra

O evangelho de hoje, pela narrativa de três parábolas, nos leva a refletir sobre a pessoa que se afasta de Deus. É fácil pensar que tais ensinamentos não dizem respeito diretamente a nós, que aqui estamos reunidos para, em comunidade, elevar nossa ação de graças ao Pai. Afinal, se com este objetivo nos encontramos, formamos assembleia, não estamos afastados de Deus.

Portanto, as três parábolas se referem a outras pessoas, talvez mais pecadoras do que nós. Contudo, se afastarmos esta idéia e voltarmos o pensamento para dentro de nós mesmos e fizermos uma breve retrospectiva de nossa vida de fé, o que descobrimos? Isso mesmo! Lá bem no fundo, nos vislumbramos como a moeda perdida, a ovelha desgarrada, o filho que sai da casa do pai.

Cada um de nós, com certeza, em algum momento de sua vida já experimentou, tristemente, o afastamento de Deus. Ele pode ter sido brevemente, somente em rápidos momentos, nos quais não correspondemos adequadamente aos preceitos evangélicos. Nesta situação, fomos a moeda perdida, encontrada, após uma rápida limpeza da casa. “Limpar a casa” para nós representa, especialmente, participar do sacramento da Reconciliação.

O afastamento de Deus pode ter sido mais longo, como na situação em que a ovelha se desgarra do rebanho e o pastor precisa buscá-la em local distante. Assim, o Pai também nos busca e nos coloca nos ombros para procedermos ao retorno. O afastamento de Deus pode ter sido mais longo, como na situação em que a ovelha se desgarra do rebanho e o pastor precisa buscá-la em local distante.

Assim, o Pai também nos busca e nos coloca nos ombros para procedermos ao retorno. O afastamento pode ter sido por muito tempo, qual o filho pródigo. No entanto, mesmo decorridos meses ou anos, Deus, em sua infinita misericórdia, nos aguarda de braços abertos.

Retomando mais particularmente cada uma das parábolas contadas por Jesus àqueles que o criticavam por acolher os pecadores, delas ressaltam alguns pontos específicos.

Na parábola da ovelha, ao encontrá-la, o pastor “alegre a põe nos ombros” (Lc 15,5). Fica aqui bem especificada a liberdade do retorno. A ovelha não é agarrada à força, não está se debatendo. É apanhada com carinho e mansamente se deixa conduzir.

A pequena história seguinte traz duas ações marcantes da mulher, ao iniciar a busca pela moeda: acender a luz e procurar cuidadosamente. Se estamos perdidos, afastados do Pai, somos buscados com cuidado, não de modo brusco ou violento. Seremos reencontrados em Deus com a ajuda da luz que é sua própria Palavra.

Da conhecida parábola do filho pródigo emergem inúmeros simbolismos. Ficamos hoje apenas com uma das atitudes do pai ao ver o filho que retornava: “seu pai o avistou e foi tomado de compaixão” (Lc 15, 20).

A leitura o Livro do Êxodo é um trecho retirado de um contexto mais amplo. O desenvolvimento do capítulo 32 deste livro, sob a ótica dos escritos do Antigo Testamento, mostra-nos a ruptura que o povo faz.

Embora, conforme a linguagem bíblica do Antigo Testamento, Deus estivesse encolerizado, a pedido de Moisés, o justo, desiste do “mal com que havia ameaçado o seu povo”. Prefigura, pois, a face do Deus misericordioso, desvelada por Jesus no Novo Testamento e tão belamente simbolizada nas parábolas da ovelha perdida e do filho pródigo. O amor misericórdia se sobrepõe e prevalece acima de todos os demais sentimentos.

São Paulo começa a carta a Timóteo com um agradecimento “àquele que me deu forças, Cristo Jesus”. A seguir, ele afirma ter encontrado o coração misericordioso de Deus. Através da “misericórdia”, ele foi tornado exemplo para que todos nós, que aderimos ao projeto de salvação de Jesus, ao segui-lo, possamos entrar na vida eterna.

Envolvidos pelo sentido das três leituras que nos inserem na misericórdia do Pai, a ele clamamos com o Salmo 51 (50), 3.4: “Ó Deus, tem piedade de mim, conforme a tua grande misericórdia; no teu grande amor cancela o meu pecado. Lava-me de toda a minha culpa e purifica-me de meu pecado”.

3. Atualizando a Palavra

O Papa Francisco tem mostrado predileção por dois aspectos essenciais na vivência cristã: a humildade dos homens e a misericórdia de Deus. Sobre seu brasão papal, símbolo da função que ora exerce, está a mensagem: “Miserando atque elegendo” (com misericórdia o chamou).

Na primeira oração do “Angelus”, por ele presidida na Praça de São Pedro, assim se expressou: O rosto de Deus é o de um pai misericordioso, que sempre tem paciência. Já pensaste na paciência de Deus, na paciência que ele tem com cada um de nós? É a sua misericórdia. Sempre tem paciência, tanta paciência conosco: nos compreende, está à nossa espera; não se cansa de nos perdoar, se soubermos voltar para Ele com  o coração contrito. “Grande é a misericórdia do Senhor”, diz o Salmo.

O Papa continuou: “Deus nunca se cansa de nos perdoar. O problema é que nos cansamos de pedir perdão”. Ao final de sua mensagem repercutiu, no coração de todos os cristãos, a exclamação papal: “Como é bela a misericórdia!”.

Na mensagem pascal Urbi et Orbi, no Domingo da Ressurreição, o Papa Francisco retornou ao tema da misericórdia. Inicialmente, proclamou a Páscoa do Senhor: “Que grande alegria é para mim poder dar-vos este anúncio: Cristo ressuscitou!”. Então desejou: Sobretudo queria que [esta alegria] chegasse a todos os corações, porque é lá que Deus quer semear esta Boa-Nova: Jesus ressuscitou, há uma esperança que despertou para ti, já não estás sob o domínio do pecado, do mal! Venceu o amor, venceu a misericórdia! A misericórdia sempre vence!

Na sequência de seu pronunciamento, explicou: Amados irmãos e irmãs, Cristo morreu e ressuscitou de uma vez para sempre e para todos, mas a força da Ressurreição, esta passagem da escravidão do mal à liberdade do bem, deve realizar-se em todos os tempos, nos espaços concretos da nossa existência, na nossa vida de cada dia. Quantos desertos tem o ser humano de atravessar ainda hoje! Sobretudo o deserto que existe dentro dele, quando falta o amor de Deus e ao próximo, quando falta a consciência de ser guardião de tudo o que o Criador nos deu e continua a dar. Porém a misericórdia de Deus pode fazer florir mesmo a terra mais árida, pode devolver a vida aos ossos ressequidos (cf. Ez 37, 1-14).

O Papa Francisco concluiu esta mensagem com um convite a todos nós: Eis, portanto, o convite que dirijo a todos: acolhamos a graça da Ressurreição de Cristo! Deixemo-nos renovar pela misericórdia de Deus, deixemo-nos amar por Jesus, deixemos que a força do seu amor transforme também a nossa vida, tornando- nos instrumentos desta misericórdia, canais através dos quais Deus possa irrigar a terra, guardar a criação inteira e fazer florir a justiça e a paz.

A tão sábias e inspiradas palavras, respondemos em coro: “que assim seja!”

4. Ligando a Palavra com ação litúrgica

Com o Papa Francisco, podemos exclamar: “Como é bela a misericórdia!”. Ela perpassa toda a celebração eucarística. Mais forte sentimos isso quando a liturgia da Palavra põe em relevo este atributo divino.

Logo no início da missa, revelamos nossa fé na misericórdia do Pai, ao pedirmos à Virgem Maria, aos anjos e santos e aos irmãos: “rogueis por mim a Deus nosso Senhor”. Na liturgia deste domingo, tal pedido se completa na oração do dia, quando o presidente da celebração, falando pela comunidade, pede: “ó Deus, criador de todas as coisas, volvei para nós o vosso olhar e, para sentirmos em nós a ação de vosso amor, fazei que vos sirvamos de todo coração.” Fundamental esta frase: “volvei para nós o vosso olhar”, pois queremos ter nosso olhar no olhar de Deus, para que sua misericórdia penetre até o mais profundo de nosso ser.

Na oração sobre os dons que vão se tornar Corpo e Sangue de Cristo, lembramos a dimensão comunitária de nossa fé. Cada um coloque sobre o altar a oferenda de sua própria vida, no entanto, não em favor de si mesmo, mas “para que aproveite à salvação de todos”.

A misericórdia de Deus, que coloca nos ombros a ovelha perdida, que acolhe o filho pródigo, que abraça a cada um de nós, é derramado pelo bem de toda a Igreja, da humanidade inteira. Por isso inicialmente a prece eucarística afirmando: “na verdade, é justo e necessário, é nosso dever e salvação, dar-vos graças, sempre e em todo lugar, Senhor, Pai santo”.

Para, com nossa liberdade, estarmos abertos à misericórdia que Deus não cansa de nos oferecer, fazemos a ele ainda um pedido, na oração após a comunhão: “Ó Deus, que a ação da vossa Eucaristia penetre todo o nosso ser para que sejamos movidos não por nossos impulsos, mas pela graça de vosso sacramento”.

Com tal súplica, fazemos eco ao salmista que roga ao Pai: “criai em mim um coração que seja puro, dai-me de novo um espírito decidido. Ó Senhor, não me afasteis de vossa face, nem retireis de mim o vosso Santo Espírito”.

Hoje podemos concluir nossa ação de graças – Eucaristia – retomando as palavras do Papa Francisco: “Como é bela a misericórdia!”.

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