Como seus amores são belos,minha irmã, noiva minha. Seus amores são melhores do que o vinho, e mais fino que os outros aromas é o odor dos teus perfumes. Por isso Eu quero consumir meus dias, no seu amor! ══════ ღೋ♡✿♡ღೋ═══════

Ani Ledodi Vedodi Li


Mais do que qualquer outro motivo, esta é a razão pela qual quero fazer deste blog um caminho para amarmos mais a Deus, por isso seu nome: “Ani Ledodi Vedodi Li”

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Deus o Abençõe !

E que possas crescer com nossas postagens.

É algo louvável esconder o segredo dos Reis; mas há glória em publicar as obras de Deus!

A Igreja não tem pressa, porque ela possui a Eternidade. E se todas as outras instituições morrem nesta Terra, a Santa Igreja continua no Céu.

Não existem nem tempos nem lugares sem escolhas.

E eu sei quanto resisto a escolher-te.

"Quando sacralizamos alguém essa pessoa permanece viva para sempre!"

Sacralize cada instante de tua vida amando o Amado e no Amado os amados de Deus !


Pe.Emílio Carlos

segunda-feira, 2 de setembro de 2013



Retiro Pessoal Mensal
Setembro / 2013

Uma vida interior

1. Uma vida interior intensa é fruto do Espírito Santo

A vida interior é ao mesmo tempo exigente e extremamente plenificadora.
É comunhão com Deus, no Senhor Jesus, pela força do Espírito Santo. É antes de mais nada, fruto da graça, um dom de Deus, que nos convida a uma cooperação ativa e decidida.
Ela requer que assumamos a nossa parte, que lutemos com fidelidade e constância, para erradicar das nossas vidas tudo que rompe ou impede esta desejada comunhão, acolhendo a ajuda divina, e que cultivemos positivamente uma vida de fé, de virtude, de oração, de comunhão sacramental, de amor a Deus, e de coerência efetiva em nossas ações.
Cooperando assim com a graça divina, somos chamados a crescer em uma comunhão de pensamento, de sentimento e de ação com Deus, uma comunhão que nos realiza, nos plenifica e nos leva a uma mudança, a partir desta riqueza espiritual, a uma transformação autêntica do mundo, a partir da caridade divina, segundo o Plano de Deus.
Uma vida interior intensa é fruto do Espírito Santo, que é o Senhor e Doador da Vida. É Ele quem nos vai configurando com o Senhor Jesus. Ao dizer vida, dizemos vitalidade, e a vida no Espírito Santo é fé ardorosa, esperança e amor. Crescer nela alimenta nossa mente e nosso espírito, nos vivifica.

2. Aprender a ver a realidade com os olhos de Deus

Portanto, com as luzes do Espírito, devemos trabalhar em primeiro lugar para ter uma fé profunda na mente, que não é outra coisa, senão ir aprendendo a olhar e entender a realidade com os olhos de Deus, interiorizando os critérios da fé, reconhecendo o sentido das realidades e situações distintas, à luz do plano de Deus e examinando nossa própria vida com uma visão de fé. Para crescer nesta dimensão da nossa vida interior, é imprescindível que estudemos, que entendamos, e que façamos nossos, os critérios da fé que encontramos na Sagrada Escritura, nos documentos do Magistério – iniciando pelo Catecismo da Igreja – e nos ricos textos que formam parte da Tradição e da nossa própria espiritualidade.
Cultivar nossa vitalidade interior com a fé na mente nos ajuda a apreciar o quanto Deus faz por nós no dia a dia de nossas vidas, nos afasta da superficialidade e do autoengano, nos dá critérios para nos entendermos a nós mesmos à luz do Senhor Jesus, enriquece nossa capacidade de reflexão, e nos prepara para ajudar melhor aos nossos irmãos e para conduzir as nossa vidas, respondendo a nossa vocação segundo o plano de Deus.

3. Ser amigos do Senhor Jesus

O mais importante para nossas vidas é amar a Deus sobre todas as coisas, e ao próximo como a nós mesmos.
O amor é a essência de toda nossa vida. Conscientes de que o amor autêntico é aquele que foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo, nossa vida interior deve ser antes de tudo amor a Deus, Pai, Filho e Espírito Santo. Somente Deus é capaz de saciar a nostalgia de infinito que se instala no fundo de nossos corações.
Nossa vida interior deve ser uma oração contínua, um habitual estar na presença de Deus e em comunhão com Ele , em toda ocasião, e de modo particular nos momentos imprescindíveis de oração intensa. Assim como pela fé na mente, aprendemos a nos ver e a ver a realidade com os olhos de Deus, através da fé no coração e graças a um tratado de amizade freqüente com Deus, buscamos aprender cada vez mais a sentir com o Senhor Jesus, a ter uma unidade de vontade com Ele, a descobrir como nosso alimento e nossa felicidade estão em cumprir o Plano de Deus.
A oração é o caminho para que a amizade com o Senhor Jesus seja realmente o centro de nossas vidas e para que nos deixemos ir se configurando com Ele.
Esta comunhão de sentir e querer com o Senhor Jesus só é possível pela graça do Espírito Santo, que é quem nos faz filhos de Deus e se une a nossa oração para que possamos clamar ”Abba, Pai”. Não podemos jamais descuidar da nossa vida de graça. Nossa vida interior necessita que nos despojemos de tudo que nos afaste de Deus, todo lastro de pecado e ruptura. E por isso mesmo, necessitamos do auxílio dos sacramentos, em especial que procuremos com regularidade o Sacramento da Reconciliação e que nos alimentemos com o Pão da Vida Eterna, que é o mesmo Senhor Jesus na Eucaristia. Só assim poderemos ir avançando nesse morrer a tudo que é morte, para viver quem é a própria Vida.

4. De mãos dadas com Santa Maria

O Senhor em seu Plano quis que, para percorrer o caminho de nossa santidade e felicidade contemos com a companhia e intercessão maternal de Maria Santíssima, Mãe de Deus e nossa.
Contemplando-a aprendemos a ter uma comunhão total de mente, coração e ação com o Senhor Jesus. Com o seu exemplo de modelo, Ela nos ensina a guardar como um tesouro a Palavra de Deus, conservando-a e meditando-a em nosso coração. Como Ela, vivamos uma vida de oração intensa, na qual com reverencia, reconheçamos tudo quanto Deus opera para o nosso bem. Como ela o fez em seu Magnificat, louvemos a Deus por suas maravilhas, e não nos cansemos de agradecer suas bênçãos. Com humildade reconheçamos nossa pequenez e fragilidade. Coloquemos nas mãos de Deus todas nossas necessidades, cooperemos ativamente com sua graça, transformemos nossa fé na mente e no coração em uma fé coerente na ação.
Mas, sobre tudo, a partir da mão de nossa Santa Mãe e de seu Imaculado Coração, aprendamos a amar ao Senhor Jesus e a viver em sintonia total com seu Sagrado Coração. E façamos nossos os seus amores: ao Pai, no Espírito Santo, a Maria Santíssima e a todos nossos irmãos e irmãs humanos. Só seremos santos se vivermos intensamente o amor divino e formos coerentes com ele. Só sendo santos poderemos cooperar a partir de nossa pequenez em mudar um mundo que morre por falta de amor.
Só a partir de uma vida interior que respire amor e santidade poderemos transformar-nos através de uma ação reconciliadora para a glória de Deus.

5. Com fome de Deus

Se somos sinceros conosco mesmos e entramos em nosso interior podemos constatar uma realidade inapelável: “algo” nos falta. E esse “algo” não é uma coisa supérflua, Melhor, experimentamos que se trata de uma realidade essencial, fundamental, que saciaria nossa fome de felicidade, de sentido, de infinito.
Por que “sofremos” tal realidade? Como se explica? Como pode ser saciada? À luz da fé essa condição que toda pessoa experimenta só pode ser entendida como fome de Deus. Ele é nosso Criador, nos fez “a sua imagem e semelhança”, deixando sua marca em nós para que o busquemos e, encontrando-o, sejamos felizes, encontrando o sentido de nossa vida. Por isso nos dirá o Catecismo: «O desejo de Deus está inscrito no coração do homem, já que o homem é criado por Deus e para Deus; e Deus não cessa de atrair o homem a si, e somente em Deus o homem há de encontrar a verdade e a felicidade que não cessa de procurar.».

6. O homem é uma fome

De muitas maneira em toda a sua história e em todas as culturas o homem expressou essa fome na busca de Deus por meio de crenças e de comportamentos religiosos. Por isso podemos dizer com o Catecismo que «o homem é um ser religioso».
O homem tem fome de Deus e fome de pão. Essas duas dimensões, vertical e horizontal, espiritual e material, marcam o fundo de seu ser. Por isso se diz que o homem é um ser incompleto, que não se deve a si mesmo, que algo lhe falta pois se experimenta vazio apesar de ter muitas coisas. Experimenta esta realidade constantemente apesar de não percebê-la com total claridade. É um desconforto de não poder fazer tudo o que o seu impulso de realização deseja. E isso se deve sentir com muitíssima intensidade, com ímpeto, com ardor, se se é verdadeiramente humano.
Se você quer ser uma pessoa autêntica deve tomar contato com a fome que há em você e deixar que flua em sua vida, para que possa responder adequadamente. No fundo só importa sua fome e a resposta a essa fome. Se você não a experimenta tomando contato consigo mesmo, se não a “sofre”, não vai poder valorizar adequadamente a resposta. E, pior ainda, se não se apercebe dessa fome, como vai poder percebê-la em outro? Como você vai poder fazer apostolado?
Todavia, outra pergunta também nos pode surgir: Por que não experimento essa fome em minha vida com a suficiente intensidade? Isto acontece porque você costuma colocar barreiras em sua existência para não ir ao essencial. E a muralha por excelência é seu pecado pessoal. Esse pecado não permite que você tome contato com o mais intimo do seu ser e interprete equivocadamente seus anseios, buscando saciá-los onde só existe vazio, quer dizer, no prazer, no poder e no ter.

7. Só a comunhão plena sacia

Assim, pois, o verdadeiro contato com a fome de Deus deve permanecer toda a vida porque só o encontro definitivo com Ele pode saciá-lo. Por isso nos dirá Luis Fernando que «o ser humano não é um ser fechado sobre si mesmo, seu próprio ser está aberto em uma projeção de encontro que aponta a sua plenitude no amor, no encontro e na comunhão com Deus. É, pois, um ser aberto, mas não a um infinito abstrato e quiçá somente ideal, mas Àquele que é fundamento de tudo, a Deus, Comunhão de Amor».
Diz a Sabedoria: «Vinde a mim todos os que me desejais… Os que me comem terão ainda fome, os que me bebem terão ainda sede.»
Que grande paradoxo da vida cristã o que está escrito neste texto inspirado! É que enquanto estamos neste mundo não poderemos saciar plenamente nossa nostalgia de infinito. Essa realidade aponta para algo “mais além”, uma plenitude eterna. Temos que ser conscientes de que nada nem ninguém nos pode dar o que só a comunhão plena com Deus pode saciar!.

8. Jesus tem sede

O encontro do Senhor Jesus com a samaritana no poço de Jacó é uma passagem de muito mistério e profundidade. Nele podemos encontrar muitos elementos para aprofundar em nossa fome de Deus. Vejamos alguns.
O primeiro que São João ressalta é que Jesus toma a iniciativa, sai ao encontro da mulher e lhe diz: «Dá-me de beber». Diz-nos Santo Agostinho: «A Vida declina para fazer-se matar; o Pão declina para ter fome; o Caminho declina para fatigar-se andando: a Fonte declina para sentir a sede».
A samaritana se assombra de que Jesus, sendo judeu, lhe peça de beber, posto que havia entre as duas culturas uma grande rivalidade e não se relacionavam uns com os outros. Jesus lhe responde: «Se conhecesses o dom de Deus, e quem é que te diz: Dá-me de beber, tu é que lhe pedirias e ele te daria água viva». Jesus aponta à realidade mais profunda da mulher, a sua nostalgia de infinito, mas ela parece não entender e replica: «Senhor, nem sequer tens uma vasilha e o poço é profundo; de onde, pois, tiras essa água viva?» .
Jesus, com uma pedagogia sábia e amorosa, vai além do sentido material e toca sutilmente a mesmidade da mulher: «Aquele que bebe desta água terá sede novamente, mas quem beber da água que eu lhe der jamais terá sede». A mulher aceita o chamado e clama sedenta: «Senhor, dá-me dessa água, para eu não tenha mais sede». Uma vez despertada a fome de Deus da mulher e já que ela quis responder, Jesus questionará seu modo de vida em relação a seus “cinco maridos”. É necessário abandonar os sucedâneos para poder responder adequadamente à fome de Deus.
Mais adiante a mulher dirá a Jesus que estava esperando o Messias: «Quando ele vier nos anunciará tudo». Aqui culmina o ciclo revelador de Jesus à mulher: «Sou eu, que falo contigo».  Porque Jesus é verdadeiro Deus e verdadeiro homem, dirá o Servo de Deus João Paulo II: «Somente Ele pode saciar a sede de felicidade que levais dentro de si. Porque Ele é o Caminho, a Verdade e a Vida. Nele estão as respostas às perguntas mais profundas e angustiantes de todo homem e da própria história».
Dois últimos ensinamentos importantes sobre esta passagem: diz o evangelista que a mulher correu ao povoado para anunciar a Jesus: «Vinde ver um homem que me disse tudo o que fiz». O autêntico encontro com o Senhor sacia a fome de Deus e inspira ao anúncio apostólico. Nesse sentido nos dirá Bento XVI: « Ao início do ser cristão, não há uma decisão ética ou uma grande idéia, mas o encontro com um acontecimento, com uma Pessoa que dá à vida um novo horizonte e, desta forma, o rumo decisivo ».
O outro grande ensinamento da passagem foi dirigido por Jesus aos apóstolos quando eles insistiam para que comesse: «Meu alimento é fazer a vontade daquele que me enviou e consumar a sua obra». A melhor resposta à fome de Deus é a obediência amorosa a seu Plano.

Conclusão: Aplicações práticas

Um meio privilegiado para responder à fome de Deus é nos alimentarmos freqüentemente com o “Pão de vida eterna”. É o próprio Jesus que vem ao nosso encontro para cear conosco.
A oração pessoal constitui outro âmbito privilegiado de encontro da fome de Deus com a fome do homem: «A oração, saibamos ou não, é o encontro da sede de Deus e da sede do homem. Deus tem sede de que o homem tenha sede d’Ele».
Como conseqüência lógica de “sermos amigos de Jesus”, outro meio importante consistirá em “sermos amigos em Jesus”. A experiência de amizade profunda com outras pessoas será mais humanizada na medida em que se oriente mais real e autenticamente pra a comunhão com Deus.
A nostalgia de Deus exige ideais altos e nobres. Por isso devemos fazer um grande esforço em evitar os sucedâneos, todos aqueles vícios que entorpecem nosso caminho até o Senhor. Isto porque contemplar o horizonte do mar e a imensidão do céu e contrastá-los com nossa miséria pessoal acentua em nós a fome de infinito, o desejo de eternidade. É importante despojarmo-nos de tudo aquilo que nos escravize aos propósitos pequenos e, com coragem, lançarmo-nos ao encontro de Deus vivo.
Por último devemos ressaltar o apostolado, verdadeiro encontro entre a fome do evangelizador e a fome do que é evangelizado.

Para Orar:

CITAÇÕES PARA MEDITAR

    Cristo é nossa Vida: Jo 14,6; Gl 2,20
    Renovar nossa mente para aprender a querer como Deus: Rm 12,2
    A vida no Espírito Santo: Rm 8, 5-17
    Santa Maria conserva e medita a Palavra de Deus: Lc 2, 19-56
    Perseverar no mesmo espírito em companhia de Maria: Hch 1,14
    Reconhecer a sede de Deus e pedir-lhe que nos sacie: Jo 4,10.15.
    Somente o Senhor Jesus pode saciar a sede de água viva: Jo 4,13-14.
    O alimento de Jesus é cumprir o Plano do Pai: Jo 4,30-34.
    O Senhor Jesus tem sede de nossa sede: Jo 19,28.
    A fome de Deus se expressa em fome de santidade: Mt 5,6.
    É essencial buscar a Deus, pois n’Ele vivemos, nos movemos e existimos: At 16,26-28.
    Nem só de pão vive o homem: Dt 8,3.
    A sede de Deus anseia por ver seu Rosto: Sl 42.

PERGUNTAS PARA REZAR E QUESTIONAR-SE:


·        Porque é importante que eu cultive uma vida interior intensa?
·        Quem nutre e faz crescer minha vitalidade interior?
·        Que devo fazer para cooperar com meu crescimento e realização interior? Qual é a essência de uma autêntica vida interior?
·        Que posso fazer para aprender, cada vez mais, a ver a realidade com os olhos de Deus? Porque a lectio divina é importante como meio de interiorização e apropriação pessoal dos critérios da fé?
·        Jesus está realmente no centro da minha vida? Reconheço sua presença na minha vida? O que falta para eu me deixar me configurar ainda mais com Ele?
·        Qual é o papel de Santa Maria na minha vida espiritual? Quais das suas virtudes estão mais próximas de mim? Quais eu deveria desenvolver mais?
·     Sou consciente de minha própria fome de Deus?  O que estou fazendo para saciá-la?
·      Por que nosso pecado pessoal é obstáculo para saciar a fome de Deus?  Quais são meus maiores obstáculos para encontrar-me com o Senhor?
·      Que importância tem conhecer-me a mim mesmo e entrar em meu próprio interior para encontrar a autêntica resposta que busco? Conheço-me? O que posso fazer para conhecer-me mais?
·      Sou consciente de que somente o Senhor Jesus sacia minha fome de infinito? O que vou fazer para encontrar-me mais com o Senhor?
·      Em minha vida cotidiana costumo fazer silêncio para escutar a voz de Deus em meu interior? E se o escuto, respondo-o?

Santo Retiro
Pe.Emílio Carlos+

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