Como seus amores são belos,minha irmã, noiva minha. Seus amores são melhores do que o vinho, e mais fino que os outros aromas é o odor dos teus perfumes. Por isso Eu quero consumir meus dias, no seu amor! ══════ ღೋ♡✿♡ღೋ═══════

Ani Ledodi Vedodi Li


Mais do que qualquer outro motivo, esta é a razão pela qual quero fazer deste blog um caminho para amarmos mais a Deus, por isso seu nome: “Ani Ledodi Vedodi Li”

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Deus o Abençõe !

E que possas crescer com nossas postagens.

É algo louvável esconder o segredo dos Reis; mas há glória em publicar as obras de Deus!

A Igreja não tem pressa, porque ela possui a Eternidade. E se todas as outras instituições morrem nesta Terra, a Santa Igreja continua no Céu.

Não existem nem tempos nem lugares sem escolhas.

E eu sei quanto resisto a escolher-te.

"Quando sacralizamos alguém essa pessoa permanece viva para sempre!"

Sacralize cada instante de tua vida amando o Amado e no Amado os amados de Deus !


Pe.Emílio Carlos

sexta-feira, 12 de abril de 2013



3º DOMINGO DA PÁSCOA
14 de abril de 2013







“A Igreja como manifestação daquele que venceu a morte”


Leituras: 
Atos 5, 27b-32.40b-41; 
Salmo 29 (30), 2 e 4.5. e  6.11 e 12a e 13b; 
Apocalipse  5, 11-41; 
João 21, 1-19 ou mais breve 1-14.

COR LITÚRGICA: BRANCA OU DOURADA

O Senhor ressuscitou! Aleluia!
Nesta páscoa semanal a liturgia nos mostra a missão evangelizadora da Igreja, que através do aparecimento do Ressuscitado, torna possível a existência da comunidade e de sua missão: missão que nos ensina a servir, e servindo manifestamos e reconhecemos a presença de Cristo entre nós, e garantimos o milagre da unidade. Como Pedro, aceitamos o convite de Jesus: Segue-me.

1. Situando-nos brevemente

O terceiro domingo da Páscoa orienta-se à experiência da companhia do Ressuscitado que se manifesta em meio aos discípulos. O Tempo da Páscoa integra o grande dia pascal, o Dia que o Senhor fez para nós. Neste período, a Igreja se deixa encontrar por seu Senhor e busca contemplá-lo e reconhecê-lo mediante os mesmos gestos que ele já realizava enquanto estava na sua companhia.

A liturgia celebrada nós dá acesso a estes gestos de maneira que permaneçamos unidos a Jesus corporalmente, assumindo  na história humana o posto de sacramento daquele que é Morto-Ressuscitado.

2. Recordando a Palavra

Nos escritos joaninos, as “aparições” do Ressuscitado são introduzidas com o termo “manifestação”. Em grego se empregam termos distintos: “ephanerosen”, que a Vulgata verte para o latim “manifestavit” (no caso de João); Em Lucas aparece outro termo: “egerthe” (vulgata: “apparuit”).

Embora as palavras “aparição” e “manifestação” possam significar a mesma realidade – Jesus aproximando-se dos discípulos após sua morte e ressurreição – o termo “manifestação” traz consigo algumas peculiaridades. Uma delas diz respeito à acepção de algo que se torna patente, de modo que pode ser notado, captado pela percepção humana.

Para João, este termo lhe é muito querido, sobretudo, no que se refere a um evento que, manifesto, pode ser reconhecido visualmente. Outro dado importante implícito à palavra “manifestação” é o seu sentido de revelação. As manifestações de Jesus, no evangelho de João, trazem consigo o ato de “dar a conhecer” – por parte de Jesus – o coração do Pai.

Por fim, esta palavra grega traz ainda o significado de outro termo – “phaino” – que pode ser traduzido por brilhar, resplandecer. A Vulgata traduz para o latim o texto grego da seguinte forma: “depois disso, Jesus manifestou-se outra vez aos seus discípulos à margem do mar de Tiberíades. Manifestou-se assim” (Tradução de “Postea manifestavit se iterum Iesus discipulis ad mare Tiberiadis; manifestavit autem sic”. A Bíblia de Jerusalém, também, prefere esta tradução). O Lecionário, por sua vez, utilizou o verbo aparecer.

Preferindo falar da “manifestação” de Jesus, mais do que de uma simples “aparição”, aqueles que escreveram esta segunda conclusão do evangelho de João (A primeira conclusão é Jo 20, 30-31) ligam a ressurreição ao mistério da encarnação descrita no prólogo. Pela encarnação do Verbo, Deus possibilitou-nos vislumbrar em Jesus a sua glória. É como se João nos lembrasse: aquele que ressuscitou dos mortos e voltará para o Pai e o mesmo que, vindo de Deus, permitiu por sua pessoa, palavras, gestos e ações que contemplássemos a luz divina, uma vez que a boa obra de Cristo pode ser descrita como revelação do Pai.

Neste sentido, a manifestação do Ressuscitado é narrada pelo evangelista trazendo à memória dos ouvintes e dos próprios discípulos uma cena que se situa no início do ministério de Jesus, quando do convite ao seguimento, segundo o relato de Lucas (Cf. Lc 5,4ss). Além deste fato, João acrescenta à cena da pesca uma refeição.

A primeira Leitura evoca o testemunho da Igreja nascente por meio do qual o Nome de Jesus, isto é, sua pessoa, é manifestado (Cf. At 5,4). Na audácia dos apóstolos em anunciar – mesmo que proibidos – a mensagem do evangelho, fazendo-se do próprio Jesus (Cf. At 5,28), refulge a cruz e a ressurreição do Senhor.

Esta perspectiva coincide com aquela responsabilidade que Jesus transmite a Pedro de cuidar do rebanho, empenhando para isso a própria vida, o que se torna, também, prova de amor ao Evangelho (Cf. Jo 21,15-19) Nesta perspectiva, o pranto é tornado festa (Cf. Sl 29, 12 (Salmo Responsorial), porque do sofrimento vem a alegria do anúncio da Palavra de Deus que se faz carne na doação e no serviço dos apóstolos.

Com estes textos, a Liturgia da Palavra insinua a eficácia que as ações e os gestos da Igreja possuem, se vividos como memória de Jesus. Evocam a própria Páscoa do Senhor, realizando-a no testemunho daqueles o seguem.

3. Atualizando a Palavra

No texto-base em preparação ao 10º Intereclesial das Comunidades Eclesiais de Base, José Oscar Beozzo evocava a vida cristã como memória perigosa de Jesus. A Liturgia da Palavra deixa entrever esta perspectiva ao colocar-nos diante do testemunho dos apóstolos e, em especial, daquela incumbência dada a Pedro – que envolve a Igreja toda – de cuidar do rebanho que se estende para além dela mesma e se identifica com a humanidade.

Por amor, os pastores da Igreja, mas também todos os seus membros, são encarregados pelo Senhor no cuidado para com o mundo. Neste trabalho que os cristãos realizam se cumpre o mandato do amor e se dá a oportunidade para a que a criação inteira proclame seu “amém” à vitória do Cordeiro (Cf. Ap 5, 11-14).

Na palavra e na obra de homens e mulheres de nosso tempo – hoje lembrando-nos especialmente daqueles que assumem o pastoreio em nome de Cristo – ressoa a boa-nova. Como não recordar de Dom Pedro Casaldáliga e a recente perseguição sofrida por conta de seu compromisso com os povos indígenas?

Como não fazer memória de tantos bispos, padres, religiosas, leigos e leigas que, espalhados pelas diversas Igrejas Particulares, denunciaram nas recentes eleições municipais, os desmandos e corrupção o poder político? Nestas ações corriqueiras é que se manifesta a Páscoa de Cristo, vencendo a morte e fazendo brilhar a vida para sempre (Cf. Canto “Senhor vencestes a morte, fizeste brilhar a vida para sempre”. (Hinário Litúrgico da CNBB, fascículo II, Paulus).

4. Ligando a Palavra com ação litúrgica

A oração do dia reza a exultação do povo em ser renovado pela Páscoa de Cristo e lança aos fiéis o desafio de permanecerem na esperança da ressurreição (Cf. Oração da Coleta). Santo Atanásio afirmava: “Jesus ressuscitado converte a vida do ser humano em uma festa contínua” (URTASUN, Cornelio. Las oraciones Del Misal. Escuela de espirtiualidad Cristiana. Barcelona: Centre de Pastoral Litúrgica, 1995.p.263).

E acrescenta: “a Páscoa rejuvenesce a vida dos fieis” (URTASUN, Cornelio. Idem). De fato, somos ”novas criaturas” que entoam o “canto novo” que consiste na “glória de seu nome (Cf. Antífona de Entrada: “Aclamai a Deus, toda terra, cantai a glória de seu nome, rendei-lhe glória e louvor, aleluia!”).

A celebração litúrgica ao realizar a vida de Cristo, no coração da assembléia, lhe permite irradiar a glória do Senhor que não significa outra coisa que torná-lo manifesto ao mundo por meio da fidelidade ao seu mandato e à sua herança: o amor. Amar os irmãos, arriscar-se pela fraternidade universal, que toma forma nos pequenos gestos de carinho e solidariedade locais, revela o Nome de Deus em nós. Este nome é “Cristo”: Cristo em nós, fazendo-nos partícipes de sua ressurreição por causa de sua compaixão para com o gênero humano (Cf. Aclamação ao Evangelho).

A vida nova que abraçamos (Cf. Prefácio da Páscoa II) se exprime pelos gestos típicos que dão forma à celebração litúrgica. Gestos humanos que se tornam divinos, porque Cristo os assume. E uma vez que os gestos são expressão de quem somos, nós mesmos tomamos parte na eternidade, cujas portas foram abertas a nós por Cristo uma vez por todas (Cf. Prefácio da Páscoa I).

Lembrando que a eternidade não tem a ver com “duração” da vida, mas com a sua qualidade. Ao darmos corpo ao amor de Cristo, tornando-nos memória perigosa dele, permitimos que ele em nós se manifeste e – arriscando-nos uns pelos outros –adentramos no céu.

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