Como seus amores são belos,minha irmã, noiva minha. Seus amores são melhores do que o vinho, e mais fino que os outros aromas é o odor dos teus perfumes. Por isso Eu quero consumir meus dias, no seu amor! ══════ ღೋ♡✿♡ღೋ═══════

Ani Ledodi Vedodi Li


Mais do que qualquer outro motivo, esta é a razão pela qual quero fazer deste blog um caminho para amarmos mais a Deus, por isso seu nome: “Ani Ledodi Vedodi Li”

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Deus o Abençõe !

E que possas crescer com nossas postagens.

É algo louvável esconder o segredo dos Reis; mas há glória em publicar as obras de Deus!

A Igreja não tem pressa, porque ela possui a Eternidade. E se todas as outras instituições morrem nesta Terra, a Santa Igreja continua no Céu.

Não existem nem tempos nem lugares sem escolhas.

E eu sei quanto resisto a escolher-te.

"Quando sacralizamos alguém essa pessoa permanece viva para sempre!"

Sacralize cada instante de tua vida amando o Amado e no Amado os amados de Deus !


Pe.Emílio Carlos

sexta-feira, 5 de abril de 2013



2º DOMINGO DA PÁSCOA
07 de abril de 2013
       Meu Senhor e Meu Deus ! Creio



QUEM É TOMÉ?
TOMÉ SOMOS
TODOS NÓS!

Leituras: 
Atos 5, 12-16; 
Salmos 117 (118), 2-4.22-24.25-27a (R/1); 
Apocalipse 1, 9-11a.12-13.17-19; 
João 20, 19-31.

COR LITÚRGICA: BRANCA OU DOURADA

 O Senhor ressuscitou! Aleluia! Nesta eucaristia, sabemos que é impossível vivermos a verdadeira fé cristã sem a participação da comunidade. Nossa celebração é memória desta presença viva de Jesus ressuscitado. Hoje, comemoramos também o “Domingo da Divina Misericórdia”, pois Cristo nos salvou e santificou no mais puro amor.

1. Situando-nos brevemente

No tempo da Páscoa, a comunidade cristã tem a oportunidade de aprofundar o evento da salvação, cuja memória desponta de modo pungente na liturgia desse tempo. Segundo o Ritual de Iniciação de Adultos, o tempo pascal é chamado de “Tempo da Mistagogia”, querendo com isso chamar a atenção sobre os mistérios (sacramentos) celebrados na vigília pascal, que tem seu prolongamento nas celebrações dominicais.

De fato, a antífona de entrada, dirigindo-se aos neófitos, como a recém nascidos, e retomando o texto da Primeira Carta de Pedro, remete a comunidade ao novo nascimento celebrado na Noite Santa. Mas a referência não é exclusiva aos novos, como também aos discípulos e discípulas já batizados que foram chamados ao reino de Deus, conforme explicita a segunda antífona, opção para as comunidades que não celebraram a iniciação na Vigília.

Convém chamar a atenção para o fato de que a vida nova não está isenta de dificuldades. O cristão não é tirado do mundo pelos sacramentos que celebra, mas situado nele de uma maneira especial: como comunidade que aponta e evoca uma realidade nova, mostrando aos demais que a salvação alcançada em Cristo se realiza e se prolonga naqueles que aderem a Ele (fé).

Pela comunhão com os irmãos, pela promoção da justiça e da libertação, pelo cultivo de utopias e de esperanças de vida e de inclusão, a comunidade dos fiéis torna-se sinal da Páscoa, sinal da vida nova que Deus quer e preparou para todos. É possível enumerar vários acontecimentos que confirmam a convivência entre a realidade e a realização da Páscoa e os fatos e situações que indicam a direção contrária: violência, medo, fome, miséria, desastres, corrupção e maldade de todo tipo.

Contudo, o fiel é chamado a ver além e através dessas realidades: a vitória de Cristo sobre a morte é também vitória sobre o pecado do mundo e seus efeitos. Os males que atravessam a nossa existência se tornam para os que vêem, pela fé, sinais de realidade maior e melhor.

2. Recordando a Palavra

O evangelho narra manifestação de Jesus ressuscitado aos discípulos. Alguns elementos compõem um cenário pascal que indica o clima vivido pela comunidade de fé: primeiro dia da semana (Domingo), comunidade reunida, alegria e paz da parte de Cristo aos discípulos.

Duas vezes Jesus proclama o seu desejo para a comunidade dos seus discípulos: “A paz esteja com vocês”. O nosso termo “paz” procura traduzir - embora de uma maneira inadequada - o termo hebraico “Shalom!”, que é muito mais do que “paz”, conforme o nosso mundo a compreende. “Shalom”, e palavras derivadas, ocorrem mais de 350 vezes no Antigo Testamento. Podemos dizer que o Shalom tem dois aspectos inseparáveis - é dom e desafio para os cristãos. É dom, porque somente Deus pode dá-la; é desafio, pois tem que ser construído dia após dia na vida pessoal, familiar, comunitária e social de cada pessoa.  

Mas outros elementos entrecruzam essa experiência, fazendo um inegável contraste: o anoitecer como sinal das dificuldades vividas, o medo dos judeus, as portas fechadas, a descrença de alguns membros simbolizada pela falta de fé de Tomé e, igualmente, o distanciamento da comunidade por parte dos discípulos, o que gerou dúvida e descrédito sobre os irmãos. Todos esses elementos giram em torno de testemunho da comunidade.

Mas a perícope, ao final, chama a atenção sobre os sinais realizados por Jesus (cf. vv. 30-31) que são escritos para suscitar a fé da comunidade. Os sinais não são milagres, são símbolos: realidades sensíveis que remetem às dimensões invisíveis e superiores (Cf. LÉON-DUFOUR, Xavier. Leitura do Evangelho segundo João IV (Capítulo 18-21). Col. Bíblia Loyola. 16.ed. São Paulo: Loyola, 1998.pp.183-184).

Nota-se certa insistência no relato nos sinais da paixão: com forte negação, Tomé exige tocar os ferimentos das mãos e do lado de Cristo, a fim de crer. Na segunda manifestação, Jesus o convida a tocar, tal qual exigido, apontando, contudo, o caminho inverso para a fé: crer sem ver. As chagas são os sinais em questão: marcas da morte no corpo do Vivente.

A dúvida pode assim ser compreendida: “o judeu Tomé não ignora que algum dia se dará a ressurreição escatológica de todos os seres humanos, mas como admitir que o Crucificado tenha entrado desde já na Vida? Seria preciso verificar isso tocando suas chagas!” (Cf. LÉON-DUFOUR, Xavier. Leitura do Evangelho segundo João – IV. P.186).

Jesus não lhe nega desejo de tocar os sinais da paixão, convidando-o a estender as mãos, mas o exorta a uma fé mais madura. Por trás, se entrevê o drama das comunidades que já viam morrer as testemunhas oculares, os que conviveram com Jesus. É possível fazer a experiência da ressurreição sem ter convivido com Jesus? A resposta é sim, mas assumindo a irrupção da vida nova em meio aos conflitos do tempo presente.

O Ressuscitado se deixa tocar e ser reconhecido nas feridas de cruz que remetem à experiência mais dolorosa e desacreditada. Porém, a experiência da cruz, pela fé, se torna translúcida, transparente, fazendo ir além de si mesma.

Nessa proclamação triunfante da divindade de Jesus, o Evangelho terminava (o Capítulo 21 é um epílogo, adicionado mais tarde). No início, João nos informou que “o Verbo era Deus”. Agora, ele repete essa afirmação e abençoa todos os que a aceitam baseados na fé! A meta do Evangelho foi alcançada: mostrar a divindade de Jesus, para que acreditando, todos pudessem ter a vida n’Ele.

3. Atualizando a Palavra

Celebrar a páscoa a cada ano terá sempre sabor de desafiante novidade, pois impele a descobrir, na existência, razões para prosseguir adiante, olhando com a fé e atentamente os acontecimentos mais dolorosos e desacreditados como sinais da Páscoa. O grande sinal da manifestação de Jesus Ressuscitado à comunidade tem em vista a fé.

Mas a fé, que foi transmitida pela Igreja, não nega a existência, os obstáculos, os desafios. E estes, longe de obscurecer a percepção da Páscoa, devem servir para fortalecer a convicção da ressurreição. Todavia tal caminho não se faz no isolamento e sim na comunhão.

A fé tem a ver com a Igreja, reunião daqueles que foram escolhidos para o testemunho e para a vida nova. Distante da comunidade só restará a dúvida e a incapacidade de reconhecer nas coisas mais humanas e quotidiana a manifestação do Senhor.

Em tempos de ofertas religiosas de mercado, os espetáculos e as manifestações milagreiras tendem a desenraizar a experiência de Deus. Valem as “curas”, os choros, os arrepios, as emoções movidas por supostas adivinhações ou “revelações” misteriosas. Ninguém olha para as próprias feridas e para as feridas alheias para reconhecer a vida secreta que nelas habita.

Os obstáculos e desafios não servem mais para fortalecer e serem abraçados como cruz do discipulado. São evitados. As doenças, a pobreza, e as injustiças não são confrontadas à luz da fé. Aceita-se a indiferença, sem qualquer perspectiva de solidariedade, de profetismo, de luta em vista de uma transformação.

A Páscoa nos convida para algo mais: para a luz que brilha na noite, para a palavra que recria, para vida que emerge das águas, para o pão que cria vida ao ser partido. A fé está enraizada na vida; na existência faz seu húmus. A Ressurreição eleva aquilo que a encarnação assumiu.

4. Ligando a Palavra com ação litúrgica

O rito da comunhão é bem mais que o alimentar-se do pão e do vinho. Implica movimento, deslocamento do seu lugar para o lugar de Cristo, o altar. É canto que explicita o gesto de entrega servil e amorosa. Realiza o corpo eclesial, a união com Cristo, a Deus.

A antífona de comunhão deste domingo, que deveria ser assumida como refrão do canto de comunhão, retoma a ordem de Jesus para Tomé: “Estende a tua mão, toca o lugar dos cravos, e não sejas incrédulo, mas fiel, aleluia!”.

É exatamente isso que realiza cada fiel que toma parte na comunhão eucarística: estende a mão, não para tocar o lugar dos cravos, mas os sinais da paixão: pão e vinho. Não apenas os tocam, recebendo-os, mas deles se nutrem. Na alimentação, os sentidos do paladar e do tato estão intimamente ligados: toma-se pelas mãos e leva-se a boca para comer e beber. Tomai e comei é ordem explícita de Jesus.

Os sinais da paixão fizeram-se alimento na celebração da eucaristia. São assimilados para nutrir a fé. O evangelho narrado se prolonga no rito da comunhão. Tomé é cada cristão que obedientemente cumpre o mandato do Senhor, fazendo sua memória: ”façam isto!”.

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