Como seus amores são belos,minha irmã, noiva minha. Seus amores são melhores do que o vinho, e mais fino que os outros aromas é o odor dos teus perfumes. Por isso Eu quero consumir meus dias, no seu amor! ══════ ღೋ♡✿♡ღೋ═══════

Ani Ledodi Vedodi Li


Mais do que qualquer outro motivo, esta é a razão pela qual quero fazer deste blog um caminho para amarmos mais a Deus, por isso seu nome: “Ani Ledodi Vedodi Li”

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Deus o Abençõe !

E que possas crescer com nossas postagens.

É algo louvável esconder o segredo dos Reis; mas há glória em publicar as obras de Deus!

A Igreja não tem pressa, porque ela possui a Eternidade. E se todas as outras instituições morrem nesta Terra, a Santa Igreja continua no Céu.

Não existem nem tempos nem lugares sem escolhas.

E eu sei quanto resisto a escolher-te.

"Quando sacralizamos alguém essa pessoa permanece viva para sempre!"

Sacralize cada instante de tua vida amando o Amado e no Amado os amados de Deus !


Pe.Emílio Carlos

segunda-feira, 8 de abril de 2013



Riqueza e Prosperidade

Há bastante bens no mundo para todas as necessidades dos homens;
só não há o suficiente para a cobiça humana 
                                               (M. Gandhi).


         Hoje em dia há uma enorme confusão entre as palavras riqueza e prosperidade. Muitos as apontam como sinônimos, o que não é verdade. De fato, enquanto ser rico é uma coisa, a idéia de ser próspero aponta para outro sentido. Rico é aquele que tem bens, dinheiro, imóveis, carros, conceito social, etc. Ele, em geral, e esta é a visão comum, é quem acumula riquezas, trabalhando ou não, auferindo bens de forma estranha, honesta ou não, loterias, herança, etc. A voz do povo afirma que “trabalhando ninguém fica rico”. São Jerônimo foi mais além: “O rico é um injusto ou herdeiro de um injusto”. Na balança da economia social sabe-se que há pobres por causa do excesso de acumulação dos ricos. Como afirmou João Paulo II “É um escândalo constatar a existência de pobres cada vez mais pobres por causa de ricos cada vez mais ricos”.

Contra eles Jesus bradou, no Sermão da Montanha:

Ai de vocês, ricos, pois já tem a sua consolação! (Lc 6, 20)

         Na continuidade, o apóstolo Tiago, chamado de o Amós do Novo Testamento, profetizou a incidência de ferrugem sobre toda a riqueza injusta:

E agora vocês, ricos: comecem a chorar e gritar por causa das desgraças que estão para cair sobre vocês. Suas riquezas estão podres, suas roupas foram roídas pela traça; o ouro e a prata de vocês estão enferrujados; e a ferrugem deles será testemunha contra vocês, e como fogo lhes devorará a carne. Vocês amontoaram tesouros para o fim dos tempos. Vejam o salário dos trabalhadores que fizeram a colheita nos campos de vocês: retido por vocês, esse salário clama, e os protestos dos cortadores chegaram aos ouvidos do Senhor dos exércitos. Vocês tiveram na terra uma vida de conforto e luxo; vocês estão ficando gordos para o dia da matança. Vocês condenaram o justo, e ele não conseguiu defender-se (Tg 5, 1-6).

No contexto espiritual do cristianismo, a pobreza é um mistério. A cristologia nos revela, desde o princípio, que Jesus Cristo foi um “agitador” que subvertia as coisas: os pobres é que são felizes, o Reino é dos pequenos, as prostitutas e os cobradores têm primazia, tudo isso em superveniência ao dinheiro dos ricos, à força dos poderosos, ao saber dos intelectuais e à santidade dos “escolhidos”. Contra esses há uma frase lapidar de Gustavo Gutiérrez, um dos grandes pensadores da Teologia da Libertação na América Latina:

Se a pobreza é contrária à vontade do Deus da vida, Lutar contra a pobreza é uma forma de dizer sim ao Reino de Deus (in: El Diós de la vida).

Ainda perfilado ao “ai de vocês ricos...” Jesus contou a história de um homem que só pensava em sua riqueza, em suas festas e prazeres, legítimos rico que não ligava para o sofrimento de um pobre que vegetava à porta de sua casa:

Havia um homem rico que se vestia de púrpura e linho fino e dava esplêndidos banquetes todos os dias. E um pobre, chamado Lázaro, cheio de feridas, que estava caído à porta do rico.  Ele queria matar a fome com as sobras que caíam da mesa do rico. Em vez disso eram os cães que vinham lhe lamber as feridas (Lc 16,19ss).

Referindo-se à dureza do coração dos ricos, o Mestre afirmou: “Como é difícil um rico entrar no Reino dos céus...”. Isto nos leva a concluir que quem tem só dinheiro não passa de um pobre diabo... Há muitas invectivas na Bíblia – e vale lembrá-las – contra a usura, a exploração e o fechamento de coração por parte dos ricos.

Feliz quem tem piedade e ajuda o oprimido; seus negócios serão conduzidos com retidão; mas a ambição dos injustos, no final resultará em fracasso (Sl 112, 5. 10).

Ai daqueles que juntam casa com casa e emendam campo com campo, até que não sobre mais espaço e sejam os únicos a habitar no meio do país. Javé jurou no meu ouvido: “Suas muitas casas serão arrasadas, seus palácios luxuosos ficarão desabitados; um alqueire de videira dará apenas um barril e dez medidas de semente produzirão uma só (Is 5, 8ss).

Não explore o fraco por ser fraco, nem defraude o pobre nos tribunais, porque Javé defenderá a causa deles e tirará a vida de seus opressores (Pv 22, 22ss)

A abundância do rico tira-lhe o sono (Eclo 5, 11).

Quem ama o dinheiro nunca se sacia dele. Quem é apegado às riquezas, nunca se farta com a renda. Isso também é vaidade! Quando a riqueza aumenta, cresce também o número daqueles que querem se devorar. Que vantagem tem o proprietário, além de saber que é rico? Coma muito ou coma pouco, o sono do trabalhador é tranquilo (Eclo 5, 9s).

Vocês não podem servir a dois Senhores... (Mt 6,24).

Ao contrário, nos surpreende como é notável a generosidade com que Javé socorre aqueles que usam de solidariedade para com seu próximo:

Feliz o que se lembra do pobre e do necessitado, porque no dia da desgraça o Senhor o salvará (Sl 41, 2).

Quem pratica a justiça e é generoso, trilha humildemente os caminhos de Deus (Mq 6, 8).

Contra a injustiça da avareza e do egoísmo, insurgem-se os profetas e escritores sagrados:

O inferno e o abismo são como fossas sem fundo. Assim também a ambição humana (Pv 27, 20);

No dizer de J. B. Bossuet († 1704), “os ricos são estrangeiros no Reino. Só a partilha pode naturalizá-los”. Não está excluído das bem-aventuranças quem, por exemplo, tem um emprego, uma casa razoável, ou um automóvel. Importa, sim, a destinação que a pessoa dá a seus bens. Importa o que eles significam para você. Sua riqueza é coisa ou divindade? O rico geralmente não cultiva valores. Ele só pensa em si e no seu patrimônio. O rico não reparte, não sabe praticar a justiça e por isso não tem paz. De sua ganância e busca cega de conforto brota a depressão e – não-raro – o suicídio. Quem só ama as coisas do mundo não pode ser fiel a Deus.

Riquezas injustas não trazem proveito, mas a justiça livra da morte (Pv 10,2).

         Muita gente inveja o status do rico, mesmo que ele seja um explorador, egoísta e até desonesto. Há quem deseja copiar o modelo de vida dos corruptos, por ver em suas posses um sinal de felicidade. São Paulo e o evangelista João advertem contra esse tipo de equívoco:

Não se amoldem às estruturas deste mundo, mas transformem-se pela renovação da mente, a fim de distinguir qual é a vontade de Deus: o que é bom, o que é agradável a ele, o que é perfeito (Rm 12,2).

         Se alguém ama os valores do mundo, o amor do Pai não está nele (1Jo 2,15).

De outro lado, orar a Deus pedindo prosperidade é um ato salutar, natural e, sobretudo legal. A prosperidade é vista como um desenvolvimento, da pessoa ou da sociedade, no sentido mais amplo. Não se trata apenas de amealhar riquezas ou bens. O indivíduo próspero adquire conceito, cresce em suas relações, finanças, vida familiar e comunhão em geral. Enquanto o rico só busca juntar dinheiro e assim superar e suplantar os outros, o próspero anseia por um crescimento integral. Prosperar implica em não se contaminar. Ao contrário, a riqueza por suas características de coisa efêmera e geralmente tendente à injustiça, nos reserva pouca credibilidade para a hora decisiva:

Não confie nas riquezas injustas; elas não o ajudarão no dia da desgraça (Eclo 5,8)

Se as Escrituras denunciam o rico como explorador, insaciável e egoísta, vemos que o indivíduo próspero é aquele que vive satisfeito com o que tem, reparte com os necessitados e não cansa de louvar a Deus por aquilo que possui. O avarento tem no seu insano desejo de acumular uma demonstração de falta de fé. Como não sabe se Deus vai suprir suas necessidades, ele poupa. Já o próspero não. Ele crê na providência de Deus: Yahweh jireh (Deus proverá)!). Além das suas necessidades. Jesus disse “ai dos ricos”, mas nunca disse “ai dos prósperos”.

Concluindo, dentro do nosso tema central, serve de orientação para nós o pedido que o rei Salomão dirigiu ao Senhor, não desejando ter muitos bens (a riqueza) para não se tornar soberbo, nem a penúria (a miséria) para não se revoltar, mas apenas o equilíbrio (a prosperidade) para viver bem e dignamente e assim louvar o Todo-poderoso (cf. Pv 30,8s). Na minha oração diária peço, para minha família e amigos, saúde, proteção, prosperidade, fé, paz e senso de justiça. Amém!

Antonio Mesquita Galvão.

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